Caso Alice: motoqueiro que passava pelo local interrompeu agressões e ajudou a vítima
Dois funcionários de uma pastelaria são os suspeitos de agredirem Alice Alves; ela morreu 18 dias depois
Minas Gerais|Do R7

A Polícia Civil não descarta a possibilidade de transfobia no caso de Alice Martins Alves, de 33 anos, agredida no dia 23 de outubro, na Avenida Getúlio Vargas, na região da Savassi, em Belo Horizonte. Alice, uma mulher trans, morreu 18 dias depois. Durante coletiva concedida sobre o caso na manhã desta sexta-feira, a PC apontou ainda que Alice só não foi morta no local porque teve ajuda de um motoqueiro.
A Polícia Civil já identificou os suspeitos de cometerem as agressões. Trata-se de dois funcionários de uma pastelaria que Alice tinha o costume de frequentar na região. As investigações apontam que os dois homens agrediram a vítima, pois ela não teria pago uma conta de R$ 22.
Testemunhas apontaram que ambos teriam seguido Alice após ela deixar o estabelecimento, na noite de 23 de outubro, para cobrar o valor pendente. Desde que o caso ganhou repercussão, os dois suspeitos abandonaram o trabalho e deixaram de responder mensagens e ligações de colegas.
Ainda segundo a Polícia Civil, o áudio de um olho vivo flagrou o diálogo entre agressores e vítima. A delegada Iara França, titular do Núcleo Especializado de Investigação de Feminicídio, informou que, na conversa, Alice não parece entender bem o que estava acontecendo e alegou ter sim pagado a consumação na pastelaria.
Outro ponto levantado pela Polícia Civil foi que Alice só não foi morta no local, pois um motociclista passou na hora e interrompeu as agressões. Ele e outra testemunhas acionaram o Samu e a Polícia Militar. “Ela só não foi morta naquele momento porque um motoqueiro parou einterviuna situação. Ele foi ameaçado por um dos agressores,mas mesmo assim, ele permaneceu e acionou o Samu”
A família de Alice pede agilidade na investigação. A morte da jovem tem mobilizado movimentos sociais, que cobram que todas as linhas de investigação sejam consideradas e que os suspeitos sejam identificados e responsabilizados rapidamente.
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