Lidiane e Glayciane fizeram as cirurgias com o mesmo médico
Reprodução/ Record TV MinasO médico responsável pela cirurgia que causou a morte de Glayciane Alves Maciel Brito de 38 anos, nesta terça-feira (25), em uma clínica no Lourdes, na região centro-sul de Belo Horizonte, já foi denunciado pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), pela morte de outra paciente em dezembro de 2021.
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O indiciamento pelo crime de homicídio culposo aconteceu em abril de 2022, quando a Polícia Civil concluiu o inquérito.
Segundo o órgão, a perícia técnica afirmou que houve "inobservância de determinação do Conselho Federal de Medicina". Sendo assim, o cirurgião plástico foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Segundo o Fórum Lafayette, o advogado do cirurgião Lucas Mendes informou à Justiça o endereço do denunciado apenas em 23 de março "depois de várias tentativas infrutíferas de citação". "Em 27/03, o juiz da 6a Vara Criminal de Belo Horizonte expediu mandado de citação. Esta é a última movimentação processual", detalhou.
Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira morreu em dezembro de 2021 após cirurgias de abdominoplastia e lipoaspiração, aos 39 anos. Os procedimentos foram realizados na mesma clínica onde Glaiciane morreu.
Na época, o especialista disse que as cirurgias foram finalizadas sem anormalidades. A irmã da vítima, porém, informou à Polícia Militar que Lidiane havia reclamado de dores no corpo e falta de ar. Ela chegou a ser medicada, mas as queixas continuaram. Ao pedir ajuda dos profissionais do local, a parente já encontrou a irmã desacordada.
Novo caso
Sobre a morte de Glayciane Alves Maciel Brito, nesta terça-feira (25), a defesa de Lucas Mendes alegou que o profissional possui "possui todas as especializações necessárias para a realização da cirurgia" e que "trata-se de uma lamentável fatalidade, que embora nunca seja esperada ou desejada, é prevista pela literatura médica como risco inerente da cirurgia à qual se submeteu a paciente, não havendo qualquer indicativo de culpa do cirurgião que atuou no caso".
O advogado da clínica justificou que o médico não faz parte do corpo clínico da unidade. Ele também disse que todos os profissionais que usam os blocos cirúrgicos do local são certificados.
* Estagiária sob supervisão de Pablo Nascimento