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Cirurgião lamenta morte de paciente após lipoaspiração em BH

Médico diz que não pode comentar sobre o caso da mulher de 39 anos devido ao sigilo profissional; polícia investiga o óbito

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

O médico responsável pela cirurgia estética da mulher de 39 anos que morreu após os procedimentos em Belo Horizonte se manifestou pela primeira vez, nesta quarta-feira (8), e lamentou o ocorrido.

“Perder uma paciente dessa forma foi e está sendo muito difícil para mim. Nenhum médico acorda de manhã para trabalhar com o objetivo de causar mal ao seu paciente", informou à reportagem o cirurgião Lucas Mendes sobre o óbito ocorrido nesta terça-feira (7).

O especialista que atendeu Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira em um hospital-dia no bairro Lourdes, na região Centro-Sul da capital mineira, afirmou que manteve contato com a família da paciente quando ela foi internada em outro hospital após apresentar dores e falta de ar. Como a clínica não é equipada com CTI (Centro de Terapia Intensiva), a mulher precisou ser transferida.

"Algumas informações sobre o ocorrido e a paciente não tenho o direito de mencionar na mídia, pois tenho que respeitar o sigilo da relação médico-paciente. Quando os familiares estiverem se sentindo um pouco melhor, se for o desejo deles, estarei à disposição para conversar”, concluiu o especialista.


A morte é investigada pela Polícia Civil e pelo CRM-MG (Conselho Regional de Medicina em Minas Gerais). O relato inicial colhido pela PM (Polícia Militar) indica que Lidiane teve uma embolia pulmonar. Ela havia passado por uma abdominoplastia e uma lipoaspiração.

Izaías de Oliveira, viúvo de Lidiane, relatou à reportagem que procurou o especialista no hospital e o médico teria fugido após um grupo se juntar para pedir esclarecimentos sobre o quadro da paciente. Ele relata que, desesperado, chegou a atacar a entrada da unidade de saúde.

"Fazer esta cirurgia era o sonho dela. A família não queria, mas era o sonho dela. Então fizemos o possível", conta Oliveira.

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