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Colégio repudia ataque racista de alunos contra colega em BH

Direção pede investigação por parte de "autoridades competentes" e destaca que ataque teria sido feito fora do ambiente escolar

Minas Gerais|Do R7

Mensagens teriam sido publicadas em grupo
Mensagens teriam sido publicadas em grupo Mensagens teriam sido publicadas em grupo

Um colégio particular do bairro Jardim Vitória, na região Nordeste de Belo Horizonte, repudiou, na tarde desta segunda-feira (20), osatos racistasupostamente cometidos por alunos contra um colega de sala de 14 anos.

Colegas da mesma faixa etária teriam insultado o estudante em um grupo de mensagens pela internet, usando frases como “saudades de quando preto só era escravo”.

A escola cobrou que ”as autoridades competentes apurem os fatos e responsabilizem os agressores” e destacou que o ataque não foi feito dentro do ambiente escolar, indicando que a responsabilização dos agressores não é uma incumbência de sua alçada.

“O ato de racismo sofrido pelo discente ocorreu em um grupo do aplicativo WhatsApp, sem qualquer participação ou conhecimento da instituição”, afirmou a instituição.

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Na nota, o colégio ainda reafirmou que sua premissa repudia os atos de racismo praticados pelos alunos e que preza pela “construção de uma sociedade justa e igualitária, alicerçada no princípio do respeito e amor ao próximo”. A instituição cita que o diretor do colégio é negro e que a maior parte dos funcionários são pretos ou pardos (veja a íntegra da nota abaixo).

Entenda o caso

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Há quatro meses, alunos do Colégio Cristão Ver criaram um grupo em um aplicativo de conversa para discutir assuntos acadêmicos. Segundo um adolescente de 14 anos, recentemente, os seus colegas se recusavam a responder as mensagens dele e decidiram criar outro grupo. O estudante então recebeu imagens de mensagens racistas que o insultavam, encaminhadas por outro aluno.

A família levou o caso para a direção da escola, que identificou os três estudantes que escreveram as mensagens discriminatórias. Os pais e os adolescentes foram convocados para uma reunião no colégio na última quinta-feira (16). “Um dos pais se mostrou perplexo com a situação. O outro tentou justificar o injustificável”, contou o pai do menino, que não quis se identificar.

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Nesta segunda-feira (20), os responsáveis pelo menino vão formalizar a denúncia em uma delegacia da capital.

Leia a nota na íntegra:

"O Colégio VER, escola que tem no seu escopo pedagógico o ensino fundamental com diretriz Cristã, presidido por um Diretor negro e tendo seus corpos diretivo, docente e discente compostos por maioria negra e parda, vem a público manifestar o seu profundo repúdio frente aos atos de racismo sofrido por um aluno do 8º ano do ensino fundamental.

O ato de racismo sofrido pelo discente ocorreu em um grupo do aplicativo WhatsApp, sem qualquer participação ou conhecimento da instituição, onde foram proferidas palavras e expressões injuriosas em que a cor e a situação social foram vilipendiadas por outros adolescentes da mesma faixa etária.

O Colégio VER, enquanto uma instituição de Ensino, sempre atuou na busca pela igualdade, pela dignidade, pela cidadania e uma educação Cristã, objetivando a construção de uma sociedade justa e igualitária, alicerçada no princípio do respeito e amor ao próximo, sendo este o verdadeiro propósito dos ensinamentos de Jesus Cristo, oportunidade esta que repudiamos veementemente todo e qualquer ato ou discriminação social e étnico-racial.

Com a indignação patente, a comunidade do Colégio VER manifesta sua irrestrita solidariedade ao aluno, à sua família e à toda sociedade que é ofendida com posicionamento discriminatório. Esperamos que as autoridades competentes apurem os fatos e responsabilizem os agressores, deixando claro que, como entidade educacional Cristã, que prega o amor, a solidariedade e o perdão, tal incumbência não é de nossa alçada.

Que Jesus Cristo e o Divino Espírito Santo iluminem as mentes de todos os envolvidos. Que os corações dos ofendidos sejam acalentados pelo amor do Pai e que o arrependimento sincero preencha os corações dos agressores. Que a Justiça dos homens e de Deus sejam derramadas em plenitude, punindo e, principalmente, evangelizando os pecadores"

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