Com estiagem na Grande BH, reservatório está no menor nível dos últimos cinco anos
Apesar de estar com 62% da capacidade de armazenamento, a Copasa afirma que a situação ainda não é crítica
Minas Gerais|Do R7, com Record Minas
Nesta semana, Belo Horizonte completou mais de 140 dias sem chuva. O volume do sistema Paraopeba, um dos dois responsáveis pelo abastecimento de água na região metropolitana, registrou o menor nível dos últimos cinco anos. No entanto, segundo a Copasa, o nível ainda não é crítico.
Os reservatórios estão com 62% da capacidade de armazenamento, o que, segundo a Copasa, não configura como situação crítica. Apesar disso, Companhia de Saneamento de Minas orienta que a população economize água e pratique o consumo consciente neste período de estiagem.
“É importante a gente explicar que a água é um bem natural, que tem que preservá-lo. A Copasa está sempre pedindo para a população evitar o desperdício. Não lavar a calçada com mangueira, carro com mangueira. Não deixar torneira aberta enquanto está arrumando a cozinha. São atitudes em que a gente desperdiça água e essa água é um bem”, falou o Superintendente da Unidade de Negócio Metropolitano, Ronaldo Serpa.
O sistema Paraopeba é composto pelos reservatórios Rio manso, em Brumadinho; Serra Azul, em Juatuba, e Vargem das Flores, em Contagem. Em agosto, os três reservatórios não receberam nenhuma gota de chuva.
A bióloga Fernanda Raggi explica que MG tem enfrentado os chamados veranicos: períodos longos de estiagem e de calor intenso. “Isso faz com que a gente não tenha formação de nuvens. Se não tem formação de nuvens, a gente tem alta pressão e alta temperatura. Essa densidade faz com que o ar fique todo concentrado de forma seca”, explicou a bióloga Fernanda Raggi.
Diante da expectativa de chuva abaixo da média, a professora ressalta a necessidade de alguns cuidados no dia a dia para evitar o desabastecimento, como tentar lavar a roupa uma vez na semana, diminuir o tempo de banho, priorizar a água para banho e sede.