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Comissão decide se vai investigar vereador de BH por "rachadinha"

Se ação for acatada, Cláudio Duarte (PSL) corre o risco de perder o cargo; ele foi preso suspeito de ficar com parte do salário de funcionários do gabinete

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Vereador foi preso em abril deste ano
Vereador foi preso em abril deste ano

Parlamentares da Câmara Municipal de Belo Horizonte se reúnem, nesta terça-feira (21), para decidir se o vereador Cláudio Duarte (PSL) deve ser investigado na Casa por quebra de decoro parlamentar, que é quando ações dos legisladores denigrem a imagem da Câmara – o que pode culminar na cassação do político.

A denúncia da irregularidade foi feita pelo advogado Mariel Marley Marra após Duarte ser preso temporariamente pela Polícia Civil, no mês de abril, suspeito de se apoderar parte do salário dos funcionários de seu gabinete, prática conhecida como "rachadinha".

Para que o caso continue sendo investigado na Casa, dois dos três vereadores que fazem parte da comissão processante instaurada precisam se manifestar favoravelmente. Mateus Simões (Novo), relator do processo, apresentou parecer pela continuidade.

— Há elementos para que sejam analisadas as denúncias que caracterizam o ilícito de ética. O vereador foi preso temporariamente e há autoridades policiais dizendo que ele praticou os crimes.


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Em sua defesa inicial enviada à Câmara Municipal na última semana, Cláudio Duarte negou as irregularidades e afirmou que seu funcionário fazia doações ao partido ao qual ele era filiado. Para Simões, a justificativa é suspeita.

— Nós vamos investigar todos os detalhes, mas se ele tiver recolhendo as doações no gabinete é algo, no mínimo, estranho.


Caso a comissão decida continuar investigando a denúncia de quebra de decoro, o grupo terá 90 dias para ouvir testemunhas e o suspeito para emitir um parecer pedindo ou não a cassação de Duarte. De acordo com Simões, o relatório deve ficar pronto na primeira semana do mês de julho.

Inocente


Em entrevista exclusiva à Record TV Minas na última sexta-feira (20), Cláudio Duarte voltou se declarou inocente sobre as acusações de peculato e organização criminosa e negou que tenha confessado o crime para a polícia.

Durante a conversa, o político também refutou o depoimento de um de seus assessores, um idoso de 79 anos, que disse que repassava mensalmente 90% do salário de R$ 11 mil para o parlamentar.

Duarte foi solto após ficar 10 dias preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Assista à entrevista de Cláudio Duarte:

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