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Confins (MG) lidera vacinação por idade na Grande BH: 35 anos

Das 34 cidades da região metropolitana, 16 estão com a imunização por faixa etária mais avançada que a capital mineira

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Oito cidades da Grande BH ainda não começaram a atender por faixa etária
Oito cidades da Grande BH ainda não começaram a atender por faixa etária

Das 34 cidades da região metropolitana de Belo Horizonte, Confins é a que vacina a população mais jovem contra a covid-19 atualmente. Levantamento realizado pelo R7 aponta que, nesta terça-feira (22), o município já atende moradores de 35 anos, enquanto há outros que ainda não começaram a imunizar a população por faixa etária (veja o ranking abaixo).

A cidade que abriga o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte tem aproximadamente 6.800 habitantes. Segundo o secretário municipal de Saúde, Weslei Denis, quase 60% das pessoas com mais de 18 anos já recebeu a primeira dose do medicamento.

Denis explica que foi possível avançar nos grupos graças a doses que sobraram da campanha de imunização realizada entre os dias 8 e 12 deste mês de junho, destinada aos trabalhadores aeroportuários, considerados prioritários.

De acordo com o secretário, o município solicitou ao Ministério da Saúde 5.619 doses destinadas aos funcionários do aeroporto, conforme indicado em lista da administração do terminal. No entanto, quase 2.000 não tiveram procura.


— Após atender a turma e fazer um balanço, nós fomos perceber que tivemos sobras de doses, muito provavelmente, de pessoas que já haviam sido vacinadas por outros critérios, como público acima de 60 anos, comorbidades e trabalhadores das forças de seguranças. Alguns deles se vacinaram na cidade onde moram. Então conversamos com o Estado e avançamos para os grupos prioritários e conseguimos chegar até o público de 35 anos.

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O levantamento ainda indica que 16 cidades da região metropolitana estão com a vacinação por faixa etária à frente da capital mineira, que parou na casa dos 56 anos. Uma delas é Contagem, que faz um mutirão para atender os moradores com idade a partir de 49 anos, ocupando o segundo lugar do ranking ao lado de Vespasiano.


Fabrício Simões, Secretário de Saúde de Contagem, avalia que o ritmo do município de 669 mil habitantes se deve à organização adotada na aplicação das vacinas e a uma mudança realizada pela Secretaria Estadual de Saúde na divisão das doses.

— O município de Contagem encabeçou uma discussão em relação à distribuição de vacinas porque nós entendemos que ela estava desconsiderando o critério populacional e quando fazíamos um comparativo com cidades do mesmo porte, observamos que o nosso quantitativo estava baixo. A gente não quer nenhum tipo de vantagem. A gente só quer que as vacinas sejam distribuídas de forma mais justa.


Foi justamente a mudança na distribuição das doses que impediu a Prefeitura de Belo Horizonte de avançar na vacinação por faixa etária nas últimas duas semanas, segundo explica Paulo Roberto Corrêa, diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da capital mineira.

— [A estagnação] ocorreu pelo total de doses que recebemos, que foi insuficiente para ampliar para o público de 55 em diante.

Na última semana, o secretário municipal de Saúde de BH, Jackson Machado, acusou o Governo de Minas de reduzir o quantitativo destinado à cidade por questões políticas. No entanto, a Gestão Zema afirma que o que ocorreu foi uma tentativa de reequilibrar a distribuição, já que o município teria recebido mais doses destinadas ao grupo de comorbidades.

A diferença não ocorre apenas dentro do Estado. Em comparação com as outras capitais do país, Belo Horizonte está entre as últimas colocadas na corrida da vacinação por idade. São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória atendem, respectativamente, as pessoas com 50, 49 e 40 anos. São Luiz, capital do Maranhão, já chegou aos 18 anos.

Conforme apurado pela reportagem, oito das 34 cidades da região metropolitana da capital mineira ainda não começaram a vacinar os moradores por faixa etária e seguem atendendo os grupos prioritários, como o de comorbidades e o trabalhadores da educação.

Proporções

Fábio Baccheretti, secretário estadual de Saúde de Minas Gerais, não acredita em uma distribuição desproporcional de doses. Para ele, a explicação está no perfil populacional de cada Estado.

— Os Estados têm perfis demográficos diferentes. Geralmente, os Estados do Sul e Sudeste têm a população com idade mais alta, então demora mais para descer a faixa etária. A gente também sabe que há grande concentração nas regiões Sul e Sudeste das pessoas dos grupos prioritários, como os trabalhadores da saúde.

Baccheretti destacou que Minas tem recebido do Ministério da Saúde um quantitativo proporcional ao tamanho da população, assim como acontece em outros Estados. Ainda segundo o secretário, a distribuição feita para os municípios também é adequada e segue a legislação.

— Vale destacar também que tem município que preferiu não vacinar alguns grupos prioritários e descer por idade. Já está deliberado no Estado que pode-se usar 70% das doses depois do grupo de trabalhadores da educação para vacinar por idade.

Veja o ranking de vacinação por idade na Grande BH em 22/06/2021:

1. Confins: 35 anos

2. Contagem: 49 anos

3. Vespasiano: 49 anos

4. Mário Campos: 50 anos

5. Sabará: 50 anos

6. Santa Luzia: 50 anos

7. Sarzedo: 52 anos

8. Caeté: 53 anos

9. Ribeirão das Neves: 53 anos

10. Ibirité: 54 anos

11. Brumadinho: 55 anos

12. Esmeraldas: 55 anos

13. Jaboticatubas: 55 anos

14. Taquaraçu de Minas: 55 anos

15. Nova Lima: 55 anos

16. Raposos: 55 anos

17. Belo Horizonte: 56 anos

18. Betim: 56 anos

19. Rio Acima: 56 anos

20. Baldim: 57 anos

21. Capim Branco: 57 anos

22. Matozinhos: 57 anos

23. Pedro Leopoldo: 57 anos

24. Rio Manso: 58 anos

25. Juatuba: 58 anos

26. Mateus Leme: 58 anos

27. Florestal: Grupos prioritários

28. Igarapé: Grupos prioritários

29. Itaguara: Grupos prioritários

30. Itatiaiuçu: Grupos prioritários

31. Lagoa Santa: Grupos prioritários

32. Nova União: Grupos prioritários

33. São Joaquim de Bicas: Grupos prioritários

34. São José da Lapa: Grupos prioritários

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