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Conselho libera corte de 63 árvores para corrida automobilística em área turística de BH

Supressão deve acontecer no entorno de Mineirão, na Pampulha, onde será realizado evento da Stock Car, em agosto deste ano

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Record Minas

Traçado preto representa a rota da corrida
Traçado preto representa a rota da corrida Reprodução / PBH

O Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM) de Belo Horizonte aprovou, nesta quinta-feira (22), o corte de 63 árvores no entorno do estádio Mineirão, área turística da região da Pampulha da cidade.

O pedido foi feito pela Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital) com o objetivo de viabilizar a realização de uma etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car Pro, tradicional corrida automobilística, prevista para acontecer na cidade entre 15 e 18 de agosto deste ano.

De acordo com o município, 688 arbustos serão plantados, em grande parte na Pampulha, para compensar a supressão. O relatório da Diretoria de Gestão Ambiental indica que dentre as 63 que serão cortadas, seis são ipês-amarelos, duas estão mortas e quatro não estão em bom estado vegetativo.

"Ficou também definido que a empresa responsável pela realização da Stock Car vai fazer a manutenção das mudas a serem plantadas por um período de 5 anos, uma vez que serão realizadas cinco edições da corrida em Belo Horizonte", informou a prefeitura.


Os cortes foram aprovados com 10 votos favoráveis e dois contrários.

"Cumpre destacar que o Mineirão é objeto de processo de Licenciamento Ambiental e em razão de obras para reestruturação do estádio, no ano de 2013, foram suprimidos 777 indivíduos arbóreos, sendo 59 destes sem autorização da SMMA. Para as supressões em questão foi estabelecida compensação ambiental, calculada conforme previsto na legislação vigente à época, entretanto ainda que novos plantio tenham sido feitos como forma de compensação ambiental, verifica-se que grande parte das árvores existentes hoje no Mineirão foi plantada no ano de 2013, ou em data posterior, e portanto ainda não tiveram tempo de se desenvolver plenamente", traz trecho do relatório da Diretoria de Gestão Ambiental.


Procurada, a produção da corrida em BH destacou que o evento vai adotar medidas sustentáveis para evitar impactos para o ambiente e população do entorno. A organização ainda destacou o impacto econômico da etapa, que deve movimentar R$ 200 milhões na capital mineira.

"Entre as iniciativas que serão implantadas está a construção de um sistema de barreiras acústicas para evitar que os ruídos provocados pelos veículos não incomodem os moradores e os animais que ficam no Hospital Veterinário, vizinho ao circuito. Além disso, a prefeitura afirma que a prova terá carbono neutro. Uma série de medidas serão implantadas para compensar os gases emitidos pelos veículos", destacou.


"Para respeitar os protocolos de segurança, a Prefeitura terá que movimentar 63 árvores no entorno do Mineirão sendo que, metade delas, serão transplantadas. Para compensar, quase 500 unidades serão plantadas em BH", completou.

Repercussão

Segundo o projeto Manuelzão, representantes de entidades ambientalistas, como o Movimento Mineiro pelos Direitos Animais, recorrerão ao Ministério Público de Minas Gerais para tentar reverter a decisão do conselho.

Na próxima segunda-feira (26), o assunto será debatido pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

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