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Copasa tem até esta terça (19) para explicar a agência reguladora alterações na água em BH e região

Moradores denunciam gosto e cheiro de barro no abastecimento; em Santa Luzia, famílias relatam diarreia e recorrem à compra de água mineral

Minas Gerais|Rosildo Mendes/ Record Minas

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Copasa tem até hoje para explicar à Arsae as alterações na água em BH, após reclamações sobre gosto e cheiro de barro.
  • Moradores de Santa Luzia relatam diarreia e passaram a comprar água mineral devido aos problemas de abastecimento.
  • A Arsae intensificou o monitoramento da situação e aguarda laudos da Copasa sobre as análises e ações corretivas.
  • A agência ressalta que, embora o sabor e odor estranhos possam não oferecer risco à saúde, a percepção dos consumidores é legítima e requer atenção.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Arsae-MG informou ainda que acompanha a situação com prioridade desde a última semana Reprodução/Record Minas

A Copasa tem até esta terça-feira (19) para responder à Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) sobre as alterações registradas na água fornecida a moradores de Belo Horizonte e da região metropolitana. O prazo foi definido após uma série de reclamações sobre gosto, odor e até presença de lodo no abastecimento, que começaram há cerca de duas semanas.

Em ofício encaminhado à companhia, a Arsae solicitou informações detalhadas sobre as análises já realizadas, os resultados obtidos e as ações corretivas adotadas ou previstas para os bairros afetados. A Agência informou ainda que acompanha a situação com prioridade desde a última semana.


Segundo a Arsae, mudanças de sabor e odor podem ocorrer por fatores como intervenções operacionais, que deslocam partículas acumuladas na rede, ou variações sazonais na qualidade da água bruta, mais comuns no período de estiagem. Quando os parâmetros de potabilidade são atendidos, não há risco à saúde.

Ainda assim, a Agência destacou que a percepção da população é legítima e exige resposta rápida. Enquanto aguarda os laudos da Copasa, a Arsae intensificou o monitoramento técnico e prometeu verificar se as ações em curso são suficientes para eliminar a causa do problema e evitar novas ocorrências.


Nos bairros Palmital e Londrina, em Santa Luzia, a situação já trouxe impactos à rotina. Moradores afirmam que, após perceberem cheiro e gosto estranhos na água, começaram a apresentar diarreia e dores no estômago. Muitos passaram a comprar água mineral e relatam que os sintomas desapareceram após a mudança no consumo.

“Comecei a ferver a água, e quando fiz isso, a panela ficou escurecida”, contou o morador Roberto Líbano, do bairro Palmital. A população afirma que já procurou a Copasa para denunciar o problema e pedir providências, mas, até o momento, não obteve retorno.


A expectativa agora é pela resposta oficial da companhia à Arsae-MG, prevista para ainda hoje. A Copasa foi procurada pela reportagem e aguarda posicionamento.

A Copasa informou que todos os testes de qualidade realizados pela companhia confirmaram a potabilidade da água distribuída na região Metropolitana de Belo Horizonte. Por isso, a empresa descarta “quaisquer possibilidades de contaminação por agentes externos que possam comprometer a saúde da população”.


Os resultados foram obtidos em análises realizadas desde o início de agosto, quando surgiram relatos de alteração de gosto e odor na água. A companhia reforça também a importância da limpeza periódica das caixas d’água, como medida preventiva contra contaminações.

Veja a nota da Copasa na íntegra:

“A Copasa informa que todos os testes de qualidade e segurança realizados pela Companhia confirmaram a potabilidade da água distribuída a mais de 5 milhões de clientes da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Dessa forma, estão descartadas quaisquer possibilidades de contaminação por agentes externos que possam comprometer a saúde da população.

Os resultados corroboram as análises já conduzidas pelas equipes de controle de qualidade desde o início de agosto, quando surgiram relatos de alteração de gosto e odor na água. Entre os dias 4 e 18 do mesmo mês, foram realizados mais de 300 testes em imóveis de clientes, tanto de forma proativa quanto em resposta a solicitações, sem que fosse constatada qualquer inconformidade que representasse risco à saúde.

Com mais de seis décadas de atuação e reconhecimento internacional pela excelência de seus serviços, a Copasa mantém, de forma contínua e preventiva, um rigoroso padrão de monitoramento em todas as suas estações de tratamento, reservatórios e redes de distribuição, em conformidade com a legislação vigente. Somente na RMBH, são realizadas mais de 10 mil análises mensais de qualidade da água.

A Companhia reforça, ainda, a importância da manutenção e limpeza periódica das caixas d’água pelos clientes, como medida preventiva contra contaminações internas e efeitos relacionados ao fenômeno da inversão térmica. Em caso de alterações no abastecimento, orienta-se que os canais oficiais de atendimento sejam imediatamente acionados, com a indicação do endereço completo, para que uma equipe técnica possa avaliar a ocorrência.”

Veja a nota da Arsae na íntegra:

“A Arsae-MG está acompanhando desde a última semana com prioridade os relatos de moradores de Belo Horizonte sobre alterações da água por gosto e odor de barro em diferentes bairros da capital. Como órgão regulador, a Agência compreende o desconforto gerado por situações dessa natureza e direciona atenção especial à apuração e à solução da demanda na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com foco inicial nos registros feitos na capital.

Por meio de ofício, a Agência solicitou à Copasa informações detalhadas sobre as análises realizadas, os resultados obtidos e a listagem de ações corretivas adotadas ou previstas para as áreas indicadas. A Copasa tem até hoje para responder aos questionamentos encaminhados pela Arsae-MG. Cabe à Agência fiscalizar o cumprimento dos padrões de potabilidade e avaliar, com base em dados e evidências fornecidos pela prestadora, a efetividade das medidas adotadas.

Potabilidade

Alterações de sabor e odor podem decorrer de diferentes fatores, como intervenções operacionais que deslocam partículas acumuladas na rede e variações sazonais na qualidade da água bruta, mais comuns no período de estiagem. Quando os parâmetros de potabilidade são atendidos, não há risco à saúde. Ainda assim, a percepção sensorial da população é legítima e requer tratamento prioritário, motivo pelo qual a Arsae-MG intensificou o monitoramento técnico e a cobrança de soluções.

A Agência continuará acompanhando de forma próxima as informações encaminhadas pela Copasa e verificará se as ações em curso são suficientes para eliminar a causa do problema e evitar recorrências na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Ouvidoria aberta para registros

A participação dos usuários é fundamental para direcionar as ações fiscalizatórias. Registros com data, local, período do dia e características observadas, como gosto, odor e coloração, contribuem para a rápida identificação de causas e para a cobrança de providências. A Ouvidoria da Arsae-MG está à disposição para novos relatos pelos canais oficiais. O setor pode ser acionado pelo 0800 031 9293 (em horário comercial); via internet, em www.arsae.mg.gov.br/ouvidoria; pelo MG-App ou por meio do WhatsApp no (31) 3915-9293"

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