CPI apura impacto de tragédia da Vale no sistema de água de BH

A Câmara Municipal de Belo Horizonte instaurou, nesta segunda-feira (11), uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o impacto do rompimento da barragem da Vale no abastecimento de água da Região Metropolitana de BH.

A tragédia, ocorrida no dia 25 de janeiro, deixou até o momento 165 mortos e 155 desaparecidos. Parte dos 11 milhões de metros cúbicos de lama que estavam na estrutura atingiu o leito do rio Paraopeba, responsável por fornecer água a algumas cidades da Grande BH. Desde a tragédia, a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) suspendeu a captação no curso d’água.

De acordo com Câmara, o processo também irá “estudar os possíveis impactos e danos aos belo-horizontinos provenientes das barragens de rejeitos situadas na Região Metropolitana de BH”. Vereadores que assinaram o pedido de CPI alegaram que moradores da capital temem com as estruturas que ficam no entorno.

Tragédia da Vale provoca pesadelos e insônia em atingidos por barragem

Ao todo, 23 parlamentares assinaram o requerimento. Para que o grupo de investigação fosse formado, era preciso o apoio de um terço da Casa, ou seja, 14 legisladores.

Sete vereadores serão indicados, pelos líderes das bancadas, até a próxima sexta-feira (15) para compor a CPI. O vereador Bim da Ambulância (PSDB) já tem vaga garantida por ter sido o primeiro a solicitar abertura do caso.

O prazo para realização da investigação é de 120 dias, prorrogáveis por mais 60. O comitê poderá contar com audiências públicas, depoimentos, visitas técnicas e análise de documentos.

Veja o antes e o depois da área atingida pela lama: