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Delegada deixa apartamento em BH após quase 30 horas de negociação

Agente da Polícia Civil de MG se trancou no imóvel nesta terça e denunciou assédio na instituição; ela saiu em uma maca

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Delegada foi levada para hospital
Delegada foi levada para hospital

A delegada que tinha se trancado havia mais de 30 horas em um apartamento em Belo Horizonte deixou o imóvel espontaneamente, na tarde desta quarta-feira (22).

Monah Zein saiu em uma maca e foi levada para uma ambulância que estava no local. A delegada estava sedada, conforme explicou a advogada Jucélia Braz, que a representa.

"Ela desceu no elevador. Aqui embaixo, foi conversar. Como ela estava muito nervosa, a equipe médica interveio. Ela foi levada para o hospital e vamos acompanhar", declarou. O estado de saúde da paciente não foi revelado. Segundo fontes da reportagem, ela foi levada para o CTI (Centro de Tratamento Intensivo) de um hospital particular.

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Veja imagens do momento em que a delegada foi levada para o hospital:


Entenda o caso

A delegada Monah Zein, que estava afastada das funções e havia tirado férias, deveria ter retornando ao trabalho na terça-feira (21), mas se trancou no apartamento em que mora, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

No período em que passou no local, Monah fez transmissões em uma rede social alegando que temia ser ser atacada por quatro policiais que foram até o imóvel para recolher a arma dela. A chefe de delegacia disse que passou a ser perseguida após denunciar ser vítima de assédio moral. A versão foi reafirmada pela advogada Jucélia Braz.

"Ontem ela tomou um susto muito grande quando os policiais chegaram. Eram quatro policiais com escudo armados. Ela não sabia o que estava acontecendo e se sentiu muito violada. O que gerou esse nervosismo muito grande é que tinha no andar dela uma euqipe com mais de 20 policiais, fortemente armados. O prédio foi tomado", declarou.

Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar negociavam com a delegada sua saída do imóvel. A mãe da agente, que mora em Curitiba, chegou no fim da noite para tentar convencer a filha a se entregar.

Moradores relataram ter ouvido disparos no apartamento ontem. A defesa de Monah diz que foi um disparo acidental, depois que policiais chegaram ao prédio. Após a saída da delegada, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão no apartamento.

O que diz a Polícia Civil

O delegado Saulo Castro, porta-voz da Polícia Civil, declarou que não houve excessos por parte da instituição durante a abordagem à agente.

"Há uma preservação por parte dos agentes que seguem protocolos de ação. A colega estava com duas armas de fogo, bastante exaltada. A gente não pode chegar a uma cena dessa sem pensar na segurança dos próprios policiais. Não podemos chegar diante uma pessoa armada, ainda que colega, sem escudo balístico", alegou.

Durante as postagens feitas na internet, a delegada relatou ter entregue uma das armas durante as negociações.

Questionado sobre a denúncia de assédio feita por Monah, Castro disse que o caso será investigado pela Corregedoria da Polícia Civil. "A [PCMG] vai se comportar da maneira de sempre. De forma transparente, seguindo a legalidade, respeitando o devido processo legal, o contraditório e ampla defesa", comentou.

Os detalhes da denúncia de assédio não foram revelados.

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