Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Em home office, casal troca endereço fixo por Kombi para viajar pelas praias do Brasil

Kylder e Isabel pretendem terminar a primeira etapa da viagem em São Luís (MA), passando apenas por cidades litorâneas

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Kylder e Isabel trocaram vida em apartamento confortável em MG por Kombi
Kylder e Isabel trocaram vida em apartamento confortável em MG por Kombi Kylder e Isabel trocaram vida em apartamento confortável em MG por Kombi

Há pouco mais de um mês, o CEP de um casal até então morador de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, se tornou a Kombi ano 1995, cor branca, carinhosamente chamada de "Kombinha" ou "Doce de Leite". A localização é em alguma das rodovias que levam ao extenso litoral brasileiro.

O sonho da advogada e fotógrafa Isabel Rafaela, de 32 anos, e do engenheiro Kylder Canhestro, de 35, de desbravar o país é antigo, mas os compromissos com estudos, trabalho e família adiaram os planos por anos. Durante a pandemia, no entanto, eles viram a rotina virar de ponta à cabeça e o desejo voltou à tona.

"Ficamos muito tempo em casa [em isolamento social] e começamos a pensar na possibilidade de, pelo menos, começar a construir o motorhome, já que estávamos com tempo ocioso. Agora que o home office do Kylder ficou definitivo, era a oportunidade que precisávamos", conta Isabel sobre a decisão de cair na estrada.

Atualmente na cidade do Cabo Frio, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro, a dupla já estacionou em outros três municípios nos 40 dias de viagem. A ideia é ficar aproximadamente uma semana em cada um deles, até chegarem a São Luís, capital do Maranhão, em outubro deste ano.

Publicidade

Até chegar o dia de fechar as malas e partir, o casal teve muito trabalho. A primeira missão foi comprar o veículo que iria transportá-lo. Foi aí que encontraram a Kombi por R$ 7.000.

"Tivemos que consertar o motor, mas a lataria estava ótima", lembra a advogada. O veículo foi equipado para atender às necessidades do dia a dia. Ele ganhou instalações hidráulicas, adaptações elétricas e até placa de energia solar para garantir o carregamento dos computadores, câmera, celulares e manter a geladeira ligada.

Publicidade
Casal fez parte dos móveis manualmente
Casal fez parte dos móveis manualmente Casal fez parte dos móveis manualmente

Foram necessários quase cinco meses para a conclusão da reforma e um investimento de aproximadamente R$ 20 mil. O valor teria ido além se o casal não tivesse "colocado a mão na massa". "Fizemos muita coisa que aprendemos assistindo tutoriais na internet. Os vídeos nos ajudaram a montar a nossa casinha", conta Isabel.

Com a reforma concluída, chegou a hora devolverem à imobiliária o apartamento onde moravam e se desfazerem dos pertences que não caberiam no novo lar. "Achávamos que éramos minimalistas, mas foi um choque. Descobrimos que a gente tinha muita coisa que nem usávamos. Para caber tudo na Kombi, tivemos que reduzir a mala o máximo possível", comenta a advogada e fotógrafa.

Publicidade

Rota

Isabel e Kylder não definiram exatamente em quais cidades vão parar até chegda em São Luís. A decisão vai acontecer no decorrer da viagem, dependendo da estrutura que encontrarem no caminho.

"Geralmente, nós paramos em locais próximos a postos policiais ou em áreas de estacionamento para motorhomes. Usamos um aplicativo que nos ajuda a colher informações do local, como disponibilidade de água para encher a caixa", detalha Isabel.

No trajeto, já encontraram alguns percalços, como o forte temporal que atingiu Paraty, no Rio de Janeiro, no início deste mês, causando mortes. O casal ficou preso na cidade.

Primeira parte da viagem deve terminar no Maranhão
Primeira parte da viagem deve terminar no Maranhão Primeira parte da viagem deve terminar no Maranhão

Para trabalhar, o casal usa a própria estrutura da kombi e o pacote de internet que contrataram ou cafeterias e bibliotecas públicas.

"Nossa rotina é normal, igual tínhamos no apartamento. Eu tenho uma rotina normal de trabalho, de 8 horas por dia. Bato ponto, trabalho, almoço e às 17h30 eu largo serviço. Aí fico livre para fazer os passeios, porque estamos em uma cidade diferente toda semana", conta Kylder Canhestro, que entrou para a lista dos chamados nômades digitais, que são aquelas pessoas vivem mudando de cidade, já que conseguem trabalhar remotamente.

Apesar de não saberem exatamente quais cidades vão conhecer até a chegada ao Maranhão, o casal de mineiros já tem definida a segunda parte da jornada.

Eles pretendem retornar a Minas Gerais, passando pelo Jalapão, fazer melhorias na Kombi ou até trocá-la por uma van e, em seguida, partir rumo à Argentina.

"Depois de conhecer todos estes lugares, nós vamos escolher a cidade para onde vamos voltar e morar oficialmente, mas ainda não temos data para isto acontecer", conclui Isabel sobre o futuro novo endereço do casal.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.