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Empresa alemã mandou Vale revisar laudos antigos de barragens

Representantes da companhia de consultoria Tüv Süd afirmam que perderam a confiança na técnica usada para averiguar a segurança das estruturas

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Enzo Menezes, da Record TV

Empresa diz que não confia mais na metodologia usada para emissão de laudos
Empresa diz que não confia mais na metodologia usada para emissão de laudos

A Tüv Süd, empresa alemã contratada pela Vale para verificar a segurança de suas barragens, recomendou à mineradora que revise os relatórios de segurança de suas estruturas que tenham sido emitidos antes do estouro em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A informação está em um ofício da empresa alemã, enviado ao Ministério Público de Minas Gerais, ao qual o R7 teve acesso.

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No documento, representantes da Tüv Süd afirmam que, após o desastre ocorrido em Brumadinho, a equipe não acredita mais “na estrutura e prática do mercado, de modo geral, atualmente adotada para averiguar a segurança e a estabilidade de barragens de rejeitos”.


O texto ainda coloca em dúvida a validade das declarações de estabilidade emitidas. “Há uma grande incerteza se as DCEs consistem em uma declaração confiável sobre o status de estabilidade das barragens e se essas declarações podem ser consideradas apropriadas para proteção adequada contra riscos graves gerados por barragens de rejeitos”, cita.

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Por fim, os representantes da empresa decidiram não emitir novos laudos até que o sistema de avaliação passe por uma revisão completa.


De acordo com a Tüv Süd, a recomendação foi feita no dia 11 de fevereiro e reafirmada nos dois dias seguintes, por meio do diretor jurídico da Vale, Alexandre D'Ambrosio, e da presidente do Comitê Consultivo Independente Extraordinário para Investigação, Ellen Gracie.

Segundo a companhia alemã, até o dia 18 de fevereiro, quando o ofício foi enviado ao MP, a mineradora ainda não havia se manifestado sobre o assunto. A reportagem procurou a Vale para comentar a adoção das medidas, mas ainda não teve retorno. O R7 também procurou a Tüv Süd e aguarda resposta.

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