O empresário Luiz Antônio Caus, dono da madeireira Macal, foi indiciado por ter ordenado a morte do cunhado André Elias Ferreira em 2011. A herança disputada pela família gira em torno de R$ 100 milhões. Outros quatro homens que participaram do crime também foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por não permitir defesa da vítima. O empresário, um amigo, um intermediário e um pistoleiro estão presos. O outro executor continua foragido.
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Os delegados Wagner Pinto e Frederico Abelha apresentaram a conclusão do inquérito nesta quarta-feira (26) em Belo Horizonte. A Polícia Civil concluiu o caso ao analisar a quebra de sigilos telefônicos dos envolvidos.
André Elias Ferreira era casado com a irmã de Luiz Antônio Caus. Ele caiu nas graças do sogro, o que teria despertado uma disputa com o cunhado. Quando Luiz Antônio Caus foi despejado pelo próprio pai do imóvel que ocupava na avenida Nossa Senhora do Carmo, na região centro-sul de BH, decidiu matar André Ferreira.
Ivens José Lombardi, empresário amigo de Caus, aceitou participar da estratégia do assassinato. Ele contratou João Alves Moreira, que por sua vez entrou em contato com o executor Geremias Eufrânio da Silva. Geremias contratou ainda Pedro Carlos de Freitas. Cada um teria recebido R$ 10 mil.
André Elias Ferreira foi cercado no dia 23 de junho de 2011 ao sair de uma lanchonete na BR-381 em Itatiaiuçu, na Grande BH, e recebeu três tiros. A mulher e o filho presenciaram o crime. A própria mulher levantou suspeitas sobre a participação de Luiz Antônio Caus no crime.