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Engenheiros da Tüv Süd ficam em silêncio durante depoimento em BH

Funcionários da empresa contratada pela Vale para atestar a estabilidade da barragem de Brumadinho foram convocados para prestar esclarecimentos

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7


Makoto Namba disse que permaneceu em silêncio por orientação do advogado
Makoto Namba disse que permaneceu em silêncio por orientação do advogado

Os dois engenheiros da empresa alemã Tüv Süd investigados na ação sobre o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho se mantiveram em silêncio durante depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia de Minas Gerais, nesta quinta-feira (2). Os profissionais foram responsáveis pela emissão do laudo que atestou a segurança da estrutura em 2018.

Os deputados convidaram Makoto Namba para iniciar o interrogatório. Em sua primeira fala, o engenheiro avisou: "Conforme comunicado, com todo respeito ao trabalho da comissão e conforme orientação do meu advogado, vou permanecer em silêncio".

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Apenas para Namba foram feitas mais de 100 perguntas e ele recorreu ao direito de se manter em silêncio em todas elas. Após quase duas horas do início do interrogatório, o engenheiro André Jum Yassuda foi chamado para prestar esclarecimentos, mas também preferiu não responder aos questionamentos.

O silêncio dos engenheiros foi garantido por uma decisão da Sétima Câmara Criminal de Belo Horizonte. A deputada Beatriz Cerqueira se emocionou durante sua fala e criticou a medida.


— Sinto-me impotente como deputada. Eu não acho que uma empresa tem direito depois de ter lucrado não sei quantos milhões, chegar aqui com habeas corpus permitindo o direito de se manter em silêncio.

Envolvimento


André Jum Yassuda e Makoto Namba chegaram a ser presos pela Polícia Federal na investigação sobre a responsabilidade sobre o estouro da barragem. Ambos foram soltos nove dias depois graças a um habeas corpus do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, e-mails trocados entre representantes da Tüv Süd e da Vale mostram que funcionários da mineradora teriam pressionado a equipe da empresa alemã para liberar os laudos de estabilidade.

Em depoimento prestado à PF (Polícia Federal) Namba afirmou ter sofrido pressão da cúpula da Vale em Minas.

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