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Estrutura de mina da Vale em MG pode se romper até 25 de maio

Empresa enviou ao MP documento indicando que ruptura pode acontecer caso a movimentação registrada no talude da mina Gongo Soco permaneça

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Medidas são referentes a Barão de Cocais (MG)
Medidas são referentes a Barão de Cocais (MG)

O Ministério Público de Minas Gerais informou, nesta quinta-feira (16), que foi notificado pela mineradora Vale sobre a possiblidade de rompimento de uma estrutura da mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, a 93 km de Belo Horizonte, entre os dias 19 e 25 de maio.

Nesta semana, a empresa registrou uma movimentação no talude, que é uma espécie de muro inclinado que serve para garantir a estabilidade do terreno. Segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, ainda não é possível afirmar se a ruptura pode afetar a barragem Sul Superior, que fica a 1,5 km de distância. 

De acordo com a promotoria estadual, a própria mineradora informou que o estouro do talude pode acontecer caso se mantenha a "a velocidade de aceleração de movimentação" registrada.

Diante da situação, o MP emitiu uma recomendação para que a Vale monte pontos de apoio 24 horas para as pessoas que podem ser eventualmente atingidas pelo rompimento da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais, a 93 km de Belo Horizonte.


A estrutura está em alerta máximo de risco desde o mês de março, quando também foi interditada. 

A orientação é que as unidades sejam instaladas, além de Barão de Cocais, nas cidades vizinhas Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.


A procuradoria quer, também, que a empresa deixe à disposição da população “apoio logístico, psicológico, médico, bem como insumos, alimentação, medicação, transporte”.

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O documento recomenda, ainda, que a Vale adote medidas para esclarecer os moradores potencialmente atingidos sobre os riscos aos quais estão sujeitos caso a barragem se rompa.


A orientação fala que a empresa deve usar carros de som, jornais e rádios para levar informações “claras, completas e verídicas sobre a atual condição estrutural da Barragem Sul Superior”.

O MPMG deu seis horas para que a empresa responda à demanda, fornecendo informações sobre as ações adotadas ou planejadas. A reportagem procurou a Vale para comentar a recomendação, mas não teve retorno.

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