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Estudante é suspeito de usar inteligência artificial para forjar ‘nudes’ de alunas de escola de BH

Ataque virtual fez ao menos dez vítimas, informou a Polícia Civil; colégio tradicional da cidade acompanha o caso

Minas Gerais|Pablo Nascimento e Maria Luiza Reis, do R7

Imagens foram publicadas em rede social
Imagens foram publicadas em rede social Imagens foram publicadas em rede social

Um estudante é suspeito de usar aplicativos de inteligência artificial para gerar imagens falsas e forjar nudes de alunas de um tradicional colégio particular de Belo Horizonte. Segundo a denúncia, as fotos foram publicadas em uma rede social, acompanhadas de palavras de baixo calão.

As imagens teriam sido montadas com base em fotografias das vítimas em plataformas digitais, assim como ocorreu com a atriz Isis Valverde no mês passado. Um caso similar também aconteceu em uma escola da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Ao menos três responsáveis por estudantes do colégio mineiro registraram um boletim de ocorrência no dia 17. Elas afirmaram que o suspeito seria um aluno do 8º ano da mesma instituição de ensino. As mulheres ressaltaram aos policiais que as vítimas foram alvo de constrangimento devido ao compartilhamento das imagens na internet.

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Ao menos dez adolescentes foram vítimas do esquema, informou a Polícia Civil. O autor do ataque já foi identificado pelos investigadores. “Com o acionamento da Delegacia Especializada de Apuração de Ato Infracional, o perfil foi retirado do ar”, informou a instituição.

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Procurado, o colégio onde estudam os envolvidos na ocorrência informou está com “diversas ações em andamento, no sentido educativo e disciplinar, dentre os programas já existentes na escola”, em relação ao caso. A direção afirma que acolheu os estudantes e as famílias, “atuando conforme as premissas do regimento escolar”.

“O colégio reforça que, em caso de cyberbullying ou uso inadequado e desrespeitoso de dispositivos particulares dos estudantes em ambientes digitais, atua em conformidade com o regimento escolar e adota medidas disciplinares. Além disso, é monitorado o acesso dos estudantes a sites, páginas ou qualquer conteúdo da internet nos computadores e equipamentos do colégio durante a permanência no interior da escola”, completou, em nota.

A instituição ainda reforçou o desenvolvimento de “iniciativas para proporcionar um ambiente de relacionamento e convivência ética, tendo como foco a promoção da cultura da paz e prevenção da violência no ambiente escolar”, ressaltou a unidade, que também oferece espaços privados e coletivos de mediação de conflitos.

A Polícia Civil informou que remeteu à Justiça o procedimento de apuração do ato infracional caracterizado como pornografia infantil. A instituição não deu mais detalhes sobre a investigação.

Deep fake

Deep fake cria conteúdos falsos
Deep fake cria conteúdos falsos Deep fake cria conteúdos falsos

O uso de tecnologia para criar fotos, áudios e vídeos que simulam a imagem, voz e ação de pessoas foi batizado de deep fake por especialistas. Com o aprimoramento dos serviços de inteligência artificial, a produção desses conteúdos tem se multiplicado pela internet. Diversos vídeos publicados nas plataformas digitais mostram a aplicação do rosto de uma pessoa no corpo de outra e o uso da voz de pessoas conhecidas reproduzindo frases não ditas por elas.

Na segunda-feira (6), o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG) apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados com o objetivo de tipificar o crime de "pornô fake".

O texto pede para caracterizar como delito "a criação, divulgação e comercialização de imagem de nudez ou de cunho sexual não autorizada, gerada por softwares e inteligência artificial (IA)".

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O PL 5.342/2023 solicita o estabelecimento de pena de seis meses a um ano de prisão para quem cometer o crime, com previsão de aumentar o tempo em até três terços se houver envolvimento de menores e uso das imagens para chantagem.

Ao justificar a necessidade da atualização da legislação, o deputado citou o crescimento do número de casos no exterior e no país.

"No Brasil, já começamos a ter relatos similares, como no caso da atriz Isis Valverde, de 36 anos, que registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos do Rio, depois de ter sido avisada que estavam circulando pela internet nudes dela. Mas eles não eram verdadeiros. Tratava-se de modificações feitas por meio de um aplicativo que utiliza inteligência artificial para criar montagens com base em arquivos de imagens reais, de uma forma tão sofisticada que é capaz até de enganar os olhares mais atentos", escreveu.

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