“Eu estava a 2 metros do assassino da minha filha”, diz sogro de promotor acusado de matar esposa
Primeira audiência referente ao assassinato de Lorenza Maria Silva de Pinho acontece, nesta segunda-feira (8), em Belo Horizonte
Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7
O pai de Lorenza Maria Silva de Pinho, que foi assassinada em abril de 2021, foi o primeiro a ser ouvido na audiência que acontece em Belo Horizonte sobre o crime. O depoimento, que durou mais de duas horas, foi acompanhado pelo acusado da morte, o promotor André Luís Garcia de Pinho , com quem a vítima era casada e teve cinco filhos.
“Vocês imaginem eu a dois metros de distância do assassino da minha filha?! Foi a primeira vez que o vi desde a sua prisão”, disse Marco Aurélio Silva ao sair do auditório do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na região centro-sul da capital.
Emocionado, Silva relatou sobre ter que reviver as circunstâncias da morte da filha em um novo depoimento. “É a dor que estava faltando, mas é o inicio do fim. A Justiça está sendo feita. O senhor André vai tentar adiar mais o julgamento, mas eu tenho certeza que no final de tudo ele será preso”, afirmou. O promotor está em prisão preventiva desde a época do assassinato.
O pai de Lorenza também comentou sobre a estratégia da defesa de Pinho de tentar acusá-lo de ter uma relação distante e conturbada com a filha. “A quantidade de provas é tão robusta, que falta argumento. Nós temos outra vantagem: estamos com a verdade”, disse.
Além de Silva, está previsto o depoimento de mais três pessoas da família de Lorenza: a irmã gêmea, a madrasta e uma tia. Pinho também deve ser interrogado durante a audiência.
Crime
Lorenza de Pinho foi morta, aos 41 anos, no apartamento em que morava com a família no bairro Buritis, na região oeste de Belo Horizonte. O marido dela disse que ela morreu engasgada, mas exames do IML (Instituto Médico Legal) constataram que ela foi intoxicada e asfixiada.