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"Falou que ia cuidar direitinho", diz avô de menino espancado pelo pai

Elias, de seis anos, vivia com os avós maternos até cerca de 3 meses, quando o pai disse que tinha ganhado a guarda da criança

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7, com TV Leste

'É um monstro', disse o avô
'É um monstro', disse o avô 'É um monstro', disse o avô

A criança de seis anos que morreu depois de ter sido espancado pelo próprio pai em Caratinga, a 190 km de Belo Horizonte, neste fim de semana, só passou a morar com ele há cerca de três meses.

Elias foi agredido com socos e pontapés, levou uma rasteira e bateu a cabeça em um móvel. Ele foi levado desacordado para a UPA de Caratinga e transferido para a capital mineira, onde morreu na UTI do Hospital João 23. O pai está preso

De acordo com o avô da criança, Nivaldo Fonseca de Souza, em entrevista à TV Leste, ele era o responsável pela criação do menino Elias desde que a mãe dele morreu afogada durante um banho de mar em uma praia do sul da Bahia, em 2015. 

O garoto, então, foi viver com o avô em Santa Bárbara do Leste, a 310 km de Belo Horizonte, até que o pai da criança e a avó paterna saíram de Caratinga para buscar o menino, há cerca de três meses.

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— Ele falou que ia cuidar do menino direitinho, que ele tinha familia lá. Ele falou que foi no Conselho Tutelar de Caratinga e que passou a guarda pra ele. Inclusive, agora, estou sabendo que isso era tudo mentira. 

De acordo com Nivaldo, eles confiaram na palavra do Conselho Tutelar, que garantiu que o homem, que já tinha passagem por homicídio, havia "melhorado". 

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— Ele não teve paciência com o menino por causa de uma tarefa. A avó dele até falou com o pai dele quando veio buscar que tinha que ter paciência com o menino, que ele era assim mesmo. Tinha dia que queria comer, tinha dia que não queria. 

Investigação

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A Polícia Civil afirmou que aguarda a conclusão do laudo de necropsia para concluir as investigações, que são acompanhadas pela delegacia do município do interior do Estado. O pai está preso desde o domingo (27), pelo crime de tortura qualificada.

De acordo com o delegado Ivan Lopes Sales, algumas diligências ainda estão em andamento.

— A Polícia Civil mantém a linha investigativa de crime de tortura agravada mas, agora, com a pena agravada pelo resultado morte.

Ainda de acordo com o delgado, o pai de Elias justificou a agressão porque estava so efeito de álcool. Ele disse, ainda, que, teve a guarda da criança suspensa anteriormente devido a outras agressões contra a vítima. 

Espancamento

A criança de seis anos de idade deu entrada na UPA de Caratinga neste domingo (27), depois de ser levada ao local pelo próprio pai. Devido à gravidade dos ferimentos e à necessidade de atendimento em leito de terapia intensiva, os médicos pediram que o menino fosse levado para Belo Horizonte, onde foi atendido no Hospital João 23.

A Polícia Militar foi chamada pelos profissionais de saúde da UPA de Caratinga. A criança apresentava ferimentos graves e já chegou inconsciente à unidade de saúde, com machucados na cabeça, costelas, pernas e rosto.

Depois de terem sido acionados pelos profissionais na UPA, os militares abordaram o pai da criança, que confessou as agressões. De acordo com ele, o filho estava fazendo o para casa quando ele ficou nervoso por que ele não estava entendendo a matéria.

O pai do menino, então, deu socos e pontapés na criança, além de uma rasteira. Nesse momento, ela bateu a cabeça em um móvel e entrou em convulsão. Ainda de acordo com os militares, o pai teria tentado desenrolar a língua da criança e chegou a dar um banho nela antes de levá-la ao pronto atendimento.

O menino vive com o pai, que tem passagem na polícia por homicídio, depois que sua mãe faleceu. De acordo com a PM, o autor teria pedido, ainda, que a atual companheira escondesse uma arma de fogo que estava na sua casa. Ela teria, então, passado a arma para seu irmão de 19 anos. Ele também foi preso.

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