Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Família é presa ao usar documento falso para ter indenização da Vale

Sete pessoas pagaram entre R$ 500 e R$ 700 para se passarem por moradores de Brumadinho e receberem um salário mínimo da mineradora

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Indenização emergencial dá um salário a quem foi afetado por rompimento
Indenização emergencial dá um salário a quem foi afetado por rompimento

Sete pessoas de uma mesma família foram presas suspeitas de fraudar declarações de um posto de saúde de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Elas tentavam se passar por atingidos da barragem que se rompeu em 25 de janeiro e, assim, receber indenizações da Vale.

A Polícia Civil prendeu os seis suspeitos na última quinta-feira (4), mas os detalhes só foram divulgados nesta segunda-feira (8), quando outras três pessoas suspeitas de integrar o mesmo esquema também foram detidas.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Ana Paula Gontijo, as investigações começaram a partir de suspeitas de declarações falsas que seriam emitidas pelo posto de saúde Residencial Bela Vista, um dos bairros da cidade. 

— A gente apurou que uma pessoa produzia esse documento, falsificando o conteúdo conforme os padrões, além do carimbo do posto, carimbo e assinatura da enfermeira responsável e inserindo conteúdo falso. 


Leia também

Conforme a Polícia Civil, as seis pessoas vivem em Sarzedo, distante cerca de 20 km de Brumadinho, e usavam o endereço de uma outra pessoa que vivia em Brumadinho como conprovação de residência e, assim, conseguir obter a indenização paga pela Vale a moradores da região afetada pelo rompimento da barragem. 

Segundo as investigações, os suspeitos conseguiram arrecadar entre R$ 5 mil e R$ 20 mil da mineradora, em indenizações emergenciais - que oferece valor de um salário mínimo para cada adulto, meio salário para adolescentes e um quarto de salário para crianças de cada família. 


As declarações falsificadas custavam entre R$ 500 e R$ 700 por pessoa. 

Os suspeitos podem responder por crimes de estelionato e formação de quadrilha. Já a suspeita que vivia em Brumadinho e autorizava as pessoas a declarar que viviam no seu endereço, também pode responder por falsidade ideológica. 

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.