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Funcionários do metrô da Grande BH decidem manter greve

Categoria paralisou parte das atividades há 38 dias, questionando decisões relacionadas à privatização do serviço

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Trabalhadores fizeram assembleia para discutir greve
Trabalhadores fizeram assembleia para discutir greve

Os trabalhadores do metrô da Grande BH decidiram, na noite desta quarta-feira (27), a manter a greve da categoria iniciada no último dia 21 de março.

Os servidores pedem mais abertura em relação às decisões sobre a privatização da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). O Sindimetro (Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais) não informou quando deve acontecer uma nova assembleia para decidir o futuro do movimento.

Desde o início da paralisação, os trens não circulam nos horários de pico e funcionam apenas de 10h às 17h. Segundo a CBTU, cerca de 70 mil passageiros são afetados em dias úteis. Não há previsão para retorno da operação integral.

A greve já dura 38 dias, sendo a segunda maior paralisação do serviço de trens urbanos da capital mineira nos últimos 10 anos. A maior foi entre maio e junho de 2012, com 39 dias. A reportagem aguarda retorno da CBTU sobre a decisão.


Privatização

A expectativa do governo é licitar a concessão do metrô neste ano. Os servidores questionam, dentre outros pontos, a estabilidade dos funcionários. Segundo a categoria, foi prometido a eles garantia de emprego por um ano após a venda da companhia de trens.

O projeto de desestatização também prevê investimentos no serviço. Atualmente, o sistema da capital mineira vai da regional Venda Nova ao Eldorado, em Contagem. A expectativa é que as 19 estações sejam reformadas. Outro braço do projeto prevê a criação da linha 2, que vai do bairro Calafate, na região oeste de BH, à regional Barreiro, com ligação à linha 1 pela estação Nova Suíça.

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