Greve do metrô de BH completa 30 dias sem previsão de terminar
Categoria pede por estabilidade de emprego no processo de privatização da CBTU; servidores fazem ato na manhã desta terça
Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7
Sem previsão de retorno às atividades normais, os metroviários estão em greve há 30 dias. A categoria se reuniu, na manhã desta terça-feira (19), na porta da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), em Belo Horizonte, para um ato contra a privatização da empresa.
Essa já é a segunda maior paralisação do serviço de trens urbanos da capital mineira nos últimos 10 anos. A maior greve dos metroviários aconteceu entre maio e junho de 2012, com 39 dias de movimento.
Em greve desde o dia 21 de março, os servidores querem a garantia de que os colaboradores não serão demitidos após o processo de privatização da CBTU. Representantes da categoria e do Governo Federal chegaram a se reunir na tentativa de um acordo, porém nada foi decidido e o movimento segue por tempo indeterminado.
“É sempre necessário lembrar que os metroviários aprovaram esta greve porque está em risco seu próprio trabalho. Um emprego que foi conseguido com estudo, preparação e treinamento.”, escreveu o Sindmetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais) sobre as reivindicações da categoria.
Desde o início do movimento, os trens não circulam nos horários de pico e funcionam apenas de 10h às 17h. Segundo a companhia responsável pelo metrô, cerca de 70 mil passageiros são afetados em dias úteis.
Sobre a paralisação, a CBTU afirmou que não coordena a privatização do metrô e que o horário de funcionamento definido pelo movimento grevista causa “transtornos para o transporte público de BH e região metropolitana”. Segundo a companhia, uma multa diária de R$30 mil, definida pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), segue sendo cobrada da categoria.