Minas Gerais Governo assina contrato de concessão do rodoanel da região metropolitana de BH

Governo assina contrato de concessão do rodoanel da região metropolitana de BH

Projeto tem investimento de mais de R$ 3 bilhões do governo estadual e mais de R$ 2 bilhões de concessionária italiana

  • Minas Gerais | Vinícius Araújo, da Record TV Minas

Rodoanel vai ter cerca de 100 km de extensão; obras devem começar em 2024

Rodoanel vai ter cerca de 100 km de extensão; obras devem começar em 2024

Reprodução / Record TV Minas

O contrato de concessão do rodoanel da região metropolitana de BH, assinado pelo governador Romeu Zema nesta sexta-feira (31), formaliza o acordo feito pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, e pela empresa italiana INC. S.p.A., vencedora da licitação. 

O projeto prevê a construção de quatro alças: Norte, Oeste, Sudoeste e Sul — as duas primeiras, Norte e Oeste, têm previsão de conclusão até 2028. O rodoanel vai ter cerca de 100 km de extensão, e a expectativa é que as obras tenham início em meados de 2024. A nova rota pretende diminuir o fluxo de veículos pesados no Anel Rodoviário e, consequentemente, o número de acidentes e mortes. 

O rodoanel também visa desafogar o trânsito na Grande BH, reduzindo o tempo de viagem entre 30 e 50 minutos tanto para mobilidade urbana quanto para o transporte de cargas.

A licitação para elaboração do projeto, construção, operação e manutenção do Rodoanel Metropolitano foi homologada em dezembro de 2022. O traçado vai passar por 11 cidades da Grande BH e, segundo o governo, vai beneficiar mais de 6 milhões de pessoas que vivem na região metropolitana. 

O projeto tem investimento de mais de R$ 3 bilhões do governo estadual, proveniente de acordo judicial feito com a Mineradora Vale pelo rompimento da barragem da empresa em Brumadinho, e mais 2 bilhões aportados pela concessionária italiana que vai implantar, administrar e operar o rodoanel por 30 anos. 

Disputa judicial

A assinatura da concessão acontece em meio à disputa judicial motivada pela implantação da via de trânsito rápido. As prefeituras de Contagem e Betim, na Grande BH, discordam do traçado da rodovia. 

Segundo a prefeitura de Betim, um levantamento feito em julho do ano passado mostrou que os impactos sociais, ambientais e urbanísticos podem causar um prejuízo de até R$ 20 bilhões ao município, e 185 mil pessoas seriam afetadas. A Prefeitura de Betim alega que o traçado definido não traria redução no fluxo de veículos no Anel Rodoviário.

O secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno, afirma que nos próximos 18 meses vão ser feitos novos estudos dos impactos socioambientais. Comunidades tradicionais seriam afetadas pela implantação do rodoanel, mas o traçado ainda pode sofrer alterações. 

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