Governo de Minas diz que não vê necessidade de lockdown no Estado

O Governo de Minas Gerais anunciou, nesta segunda-feira (4), que não vê, por enquanto, necessidade de um lockdown no Estado para conter a proliferação do novo coronavírus.

Na prática, o termo se refere a um fechamento quase total das cidades, em que a permanência em casa se torna obrigatória. Os moradores só são autorizados a sair para ir a farmácias, médicos ou mercado.

Marcelo Cabral, secretário de Estado Adjunto de Saúde, destacou que as medidas de isolamento que vêm sendo adotadas estão sendo suficientes para não causar um colapso em Minas Gerais. Segundo o representante do governo, a legislação prevê que é responsabilidade dos municípios avaliar o que pode fechar e abrir, de acordo com a realidade local.

Ainda assim, Cabral explica que, em caso de necessidade, a criação de barreiras sanitárias e o fechamento de estradas pode ser avaliado pelo governo, juntamente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

— O Estado segue monitorando e preparando a estrutura [do sistema de saúde] e os leitos, o que é papel do Governo Estadual. A interferência mais agressiva, neste momento, não cabe.

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De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), Minas tem, atualmente, 123 pacientes internados em UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) dos hospitais públicos com coronavírus. A pasta ainda não atualizou a taxa de ocupação total das unidades de saúde, nesta segunda-feira. Os últimos levantamentos do governo indicavam o uso de aproximadamente 54% das 2.063 UTIs.

O balanço de casos da SES divulgado nesta manhã indica 2.347 contaminações e 90 mortes. Segundo o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, aproximadamente 11 mil pessoas fizeram testes para covid até o momento. O Estado tem, no entanto, 89.056 casos suspeitos. A diferença se deve ao fato de só serem examinados pacientes graves, privados de liberdade, funcionários da saúde ou mortos.

Lockdown no Brasil

O governo do Maranhão anunciou o lockdown na capital do Estado, São Luís, e nas cidades de Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar. O decreto vale entre os dias 5 e 15 de maio.

No Rio de Janeiro, o secretário da Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, disse que avalia a possibilidade de adotar a estratégia no Estado.