A greve do metrô de Belo Horizonte será suspensa neste domingo (2) de eleição, com 100% dos trens circulando normalmente. O anúncio foi realizado nesta sexta-feira (30) pelo Sindimetro (Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais), que retoma o movimento na quinta-feira (5).
A suspensão do movimento foi decidida em assembleia da categoria, nessa quinta-feira (29). "Desta forma, os eleitores que dependem do metrô poderão se deslocar com tranquilidade, já que as empresas de ônibus anunciaram a redução no número de suas viagens", informou, por meio de nota, o Sindimetro, explicando, ainda, que as viagens vão acontecer a cada 20 minutos, intervalo normal dos domingos.
A CBTU (Companhia de Trens Urbanos) confirmou a retomada do serviço, dando conta que neste sábado, dia 1, o metrô ainda opera com 60% dos trens, conforme liminar deferida pelo (TRT) Tribunal Regional do Trabalho da 3ª região em 25/08, com intervalo de 20 minutos até 12h (meio dia) e 25 minutos após este horário.
Os metroviários decidiram ainda fazer a paralisação total entre quarta-feira (5) e quinta-feira (6), com a normalização do serviço na sexta-feira, dia 7. Uma nova assembleia está marcada para o dia 6 de outubro (quinta-feira), às 17h30, na Estação Central, quando será rediscutido a continuidade do movimento.
Greve
Os metroviários entraram em greve parcial no último dia 25 de agosto, quando foi anunciada a privatização do setor pelo TCU (Tribunal de Contas da União). A categoria teme que haja uma demissão em massa do funcionalismo. Durante o anúncio do movimento, a Justiça determinou a operação com 60% das viagens, ao longo dos dias, assim, com intervalos maiores.
No dia 23 de setembro, o governo federal publicou o edital de privatização do metrô de Belo Horizonte. Segundo o documento, o leilão será no dia 22 de dezembro deste ano, com lance mínimo de quase R$ 20 milhões. O Sindimetro contesta o valor, dizendo que somente o patrimônio atual da empresa está avaliado em cerca de R$ 750.000.000 (setecentos e cinquenta milhões).
Sobre o processo de privatização, a CBTU informou, por meio de nota:
A CBTU frisa que não possui respostas sobre o processo de desestatização, além das já publicadas pelos órgãos oficiais, já que as diretrizes e ações a respeito são conduzidas pelo CPPI (Conselho do Programa de Parceria de Investimentos) e pelo Ministério da Economia e do Desenvolvimento Regional. Assim, as demandas relativas ao processo devem ser endereçadas àqueles entes, para que haja informações concretas.