Greve tem adesão de três em cada 10 professores de escolas particulares de MG, diz sindicato
Categoria reivindica recomposição salarial de acordo com a inflação e acusa o sindicato patronal de querer retirar direitos
Minas Gerais|Maria Luiza Reis*, Do R7

Um levantamento do Sinpro (Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais) aponta que o primeiro dia de greve dos professores de escolas particulares, nesta segunda-feira (06), teve adesão de 30% dos docentes.
A greve, por tempo indeterminado, foi aprovada em assembleia realizada na última quarta-feira (1º), quando a categoria rejeitou mais uma vez a proposta feita pelos donos de escolas, que não recompõe perdas da inflação.
Para os trabalhadores, a proposta também retira direitos uma vez que prevê tirar o desconto da bolsa de quem atrasar a mensalidade, aumentar o número de situações que permitem reduzir a carga horária dos professores sem ter de indenizá-los, incluir na Convenção uma cláusula chamada de "controle alternativo de jornada", que cria uma oportunidade para a escola não registrar nem pagar horas extras dos professores, entre outros pontos prejudiciais.
O Sinpro reivindica também a recomposição salarial de acordo com a inflação, que em 2022 foi de 11,73%, com acréscimo de 5% de ganho real. A proposta atual do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG) oferece 5% de reajuste para profissionais do ensino básico e 4% para os de ensino superior.
A presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato, afirma que, enquanto as escolas se recusam a repor as perdas da inflação, as instituições de ensino de Belo Horizonte e região aumentaram o valor das mensalidades, em média, em 17%, nos últimos dois anos.
Nesta quarta-feira (8), o Sinpro vai se reunir mais uma vez com o sindicato patronal para retomar as negociações e, na quarta-feira (06), outra assembleia será realizada para decidirem os rumos da greve.













