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Jornal inglês coloca a UFMG como a melhor universidade federal do país

Instituição de BH também aparece como a 5ª melhor federal da América Latina; reitora comemora ranking mas lamenta cortes

Minas Gerais|Regiane Moreira, da Record TV Minas

Um ranking desenvolvido pela Times Higher Education, uma das publicações sobre educação mais importantes do mundo, colocou a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) como a melhor federal de todo o Brasil.

Ao todo, 177 universidades de 13 países latino-americanos foram avaliadas pelo periódico vinculado ao jornal The Times. A UFMG também apareceu como a quinta melhor universidade federal da América Latina, atrás apenas da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Chile, Usp (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e o Instituto de Tecnologia de Monterrey, no México.

A atual reitora da UFMG, professora Sandra Regina Goulart de Almeida, confessa que a primeira sensação que teve ao ver a publicação foi orgulho. Ela destaca que essa conquista é resultado de um esforço de algumas gerações.

— É a conclusão justamente de todo o esforço realizado por toda a comunidade acadêmica da UFMG.


O país com maior representação na lista é o Brasil, com 67 universidades. O ranking de 2021 analisou mais de 80 milhões de citações em 13 milhões de pesquisas. A UFMG alcançou a nota 79 e foi superada apenas pela PUC do Chile, primeira colocada geral no levantamento. O volume de citações é essencial para a boa avaliação da universidade no ranking.

A reitora da UFMG afirma que, apesar do reconhecimento, a universidade está em uma encruzilhada por causa dos cortes orçamentários. A Lei Orçamentária Anual, aprovada pelo Congresso Nacional em março deste ano, apresentou cortes no orçamento do MEC (Ministério da Educação), que reduziram ainda mais os recursos. Segundo Sandra, o Brasil precisa investir na educação para não sofrer com atrasos em todas as áreas.


Universidade sofre com os cortes de verba
Universidade sofre com os cortes de verba

— O nosso receio é enorme. O corte deste ano é o maior dos últimos tempos, então estamos muito preocupados com o futuro da Ciência, justamente nesse momento que o Brasil precisa tanto da Ciência.

Apesar dos cortes, a UFMG desenvolveu mais de 200 estudos relacionados ao enfrentamento da covid-19 desde março do ano passado. Dentre elas, estão sete projetos de imunizantes contra a doença. Um deles está em processo mais avançado de desenvolvimento e pode se tornar a primeira vacina contra o novo coronavírus com tecnologia nacional.

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