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"Julgamento precipitado", diz delegada sobre vídeos de fisiculturista descontrolada

Representante da polícia sugere "tentativa de desqualificação da vítima" no caso e pede cautela para fim das investigações

Minas Gerais|Camila Cambraia, da Record TV Minas


Delegada afirma que não há informações sobre confronto corporal entre autor e vítima no dia do crime
Delegada afirma que não há informações sobre confronto corporal entre autor e vítima no dia do crime

A delegada responsável pela investigação sobre a fisiculturista de 37 anos baleada em Belo Horizonte comentou pela primeira vez, nesta quinta-feira (2), sobre os vídeos divulgados pela defesa do atirador que mostram a vítima descontrolada o ameaçando.

A delegada Cristiane Moreira ressaltou que as gravações não foram feitas no dia dos disparos. “Qualquer julgamento que a gente possa fazer da Ellen com base nessas imagens e nas mensagens, pode ser um julgamento muito precipitado porque a Ellen ainda não prestou esclarecimentos sobre os fatos, já que ela está internada”, disse.

Os vídeos mostram Ellen Cristina Otoni supostamente ameaçando Weldrin Lopes de Alcântara e a família dele de morte. Nas imagens, ela se mostra descontrolada ao se sentir rejeitada. Em um dos vídeos, ela sugere que teria sido traída por Alcântara e dispara ameaças.

A delegada também afirma que, até o momento, não há informações sobre confronto corporal entre autor e vítima no dia do ocorrido.

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“As informações preliminares dão conta que houve discussão verbal antes do atrito. Ainda não é possível falar que houve agressão física entre eles. O que a gente vê é mais uma tentativa de desqualificação da vítima, como se alguma coisa autorizasse qualquer tipo de violência contra a mulher em razão das condutas dela”, critica a delegada.

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Weldrin Lopes de Alcântara, de 44 anos, disparou quatro vezes contra a instrutora de fisiculturismo Ellen Cristina Otoni, de 37 anos, e fugiu. O caso aconteceu no apartamento dele, no dia 23 de fevereiro, no bairro Liberdade, na região da Pampulha. Ele se entregou nesta semana e está preso temporariamente. Em um vídeo, gravado horas antes de se entregar, Weldrin disse que nunca foi namorado da vítima, justamente por ela ser violenta e ciumenta.

A advogada Laís Fonseca, que defende o fisiculturista, afirmou que os disparos foram feitos enquanto o cliente tentava descarregar a arma que tinha em casa.

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"Weldrin, sabendo que a Ellen sabia onde estava a arma, se adiantou para pegar a arma antes dela. Ela foi atrás. Weldrin pensou que, quando ela visse que ele pegou a arma primeiro, ela teria medo e iria embora, mas aconteceu o contrário. A Ellen tentou tomar a arma dele. Nesse momento, a única preocupação do Weldrin era descarregar o tambor e a arma para que, caso ela conseguisse pegar a arma, Elen não o matasse e não se matasse. Quando o Weldrin colocou a arma para o lado para descarregá-la, a Elen pulou nele para pegar a arma e o jogou no sofá. Ali começou o embate por causa da arma”, detalhou.

Segundo a oolícia, Weldrin tinha registro do revólver usado no crime, mas a documentação estava vencida há onze anos. A delegada informou ainda que há cerca de um mês, o investigado passou por um curso de atualização de emprego de arma de fogo.

Ellen continua internada e não ainda pode ser ouvida. A Polícia Civil informou que as testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias.

"O que a gente pode concluir é que havia sim um relacionamento muito conturbado, muito tóxico envolvendo os dois. No entanto, esses vídeos e em que ela ameaça o Weldrin, não tem a ver com os fatos criminosos”, conclui a delegada.

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