O técnico de informática, Evandro Goulart Machado, e a supervisora de um hospital, Nalva Ferreira Duarte Padilha, acusados de participarem de abortos praticados por dois médicos em Belo Horizonte foram absolvidos nesta terça-feira (8), pelo Segundo Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A audiência começou por volta das 8h40 da manhã.
A supervisora foi denunciada como suspeita de indicar clientes para as clínicas, mas foi absolvida por falta de provas. Tanto ela como o técnico em informática eram acusados de crime de aborto provocado por terceiros e formação de quadrilha. A mulher, com covid-19, não participou do júri, mas a defesa pediu para que o julgamento seguisse.
As ações foram descobertas em março de 2013, pela Operação Vida, desencadeada após o Ministério Público de Minas Gerais investigar indícios de abortos clandestinos em Belo Horizonte.
De acordo com a denúncia, o grupo fazia abortos com o consentimento das gestantes em clínicas clandestinas de BH e de Diadema, no interior de São Paulo. Além desse crime, a organização também estaria vendendo medicamentos controlados.
As acusações
Os dois médicos denunciados pelo Ministério Público foram julgados em maio de 2017 e condenados a um ano e nove meses e um ano e sete meses de prisão, respectivamente, em regime aberto. Um flanelinha, que era suspeito de abordar e aliciar as gestantes, também foi julgado, mas absolvido por falta de provas.