Justiça converte em preventiva prisão de dupla que matou jovem em Belo Horizonte
Clara Maria Venâncio Rodrigues foi encontrada coberta com terra e concreto no quintal da casa de um dos autores na Pampulha
Minas Gerais|Lucas Eugênio, da RECORD MINAS

A prisão dos suspeitos de matar Clara Maria Venâncio Rodrigues foi convertida para preventiva nesta sexta-feira (14). O corpo da jovem foi encontrado no quintal da casa de um autores confessos do crime no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel estão presos desde a quarta-feira (12), quando o corpo da vítima foi localizado.
“Considerando-se que a pena máxima para o crime de homicídio qualificado é superior a quatro anos de reclusão, sendo a conduta extremamente grave, cometida com o emprego de violência real contra a pessoa, verifica-se o cabimento da prisão preventiva para a garantia da ordem pública, apesar da primariedade dos autuados Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel”, detalhou a decisão da juíza Alessandra de Souza Nascimento Gregório.
Relembre o caso
A jovem foi encontrada coberta com terra e concreto no quintal da casa de Thiago no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. A Polícia Civil foi ao local depois que amigos de Clara denunciaram o desaparecimento. A última vez que eles tiveram contato com a jovem foi no domingo (9), quando ela disse ao namorado que iria até a casa de Thiago receber um dinheiro que ele devia a ela.
Os dois trabalharam juntos em uma padaria por três meses. Durante este período, ele pegou dinheiro emprestado com a vítima. Thiago foi demitido do estabelecimento e alegou que não teve mais contato com Clara após sair da empresa. Ele contou à polícia que foi Lucas Rodrigues quem o procurou para arquitetar o crime.
Lucas Rodrigues Pimentel conheceu Clara Maria por intermédio de Thiago. Segundo ele, Clara e Lucas tiveram um desentendimento. Os três estariam em um estabelecimento quando Lucas usou uma expressão nazista. A jovem teria o repreendido e, segundo testemunhas, Lucas não gostou.
Segundo o delegado responsável pelo caso, uma série de acontecimentos pode ter motivado o crime. Dentre eles, desavenças com a vítima, uma briga por suposta saudação nazista e o desejo de um dos autores confessos de cometer necrofilia.
A Polícia Civil aguarda os resultados dos exames do Instituto Médico Legal (IML) para determinar se Clara foi vítima de abuso sexual.
