Piche percorreu córrego Sarandi até chegar à Lagoa da Pampulha
Shirley Barroso / Record TV MinasNove meses após o acidente que terminou com o derramamento de material asfáltico na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, a Justiça determinou, nesta sexta-feira (16), que a Indústria Nacional de Asfaltos S/A adote todas as providências necessárias para minimizar os danos ambientais causados no cartão-postal da capital.
A empresa terá um prazo de cinco dias para implementar as medidas, caso contrário, será multada em R$ 5 mil diários. A determinação em caráter de liminar atende uma ação proposta pela Prefeitura de Belo Horizonte, nessa quinta-feira (15), contra a empresa. A decisão é do juiz Wauner Batista Ferreira Machado, que considerou a inércia da empresa em tomar medidas reparatórios e preventivas para reparar os danos ambientais.
Acidente
No dia 16 de março deste ano, um caminhão se envolveu em um acidente com uma carreta tanque que transportava cerca de 30 toneladas de cimento asfáltico de petróleo da Indústria Nacional de Asfaltos S/A. Com a batida, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, houve o vazamento do produto. Primeiro, o material contaminou o córrego Sarandi e, dois dias depois, alcançou a Lagoa da Pampulha. Procurada pela reportagem, a empresa não se pronunciou até a publicação desta reportagem,
Mau cheiro
Ainda nesta sexta-feira, uma vistoria da Prefeitura de Belo Horizonte constatou uma onda de mau cheiro na orla da Lagoa da Pampulha, próximo à Praça Aleijadinho. O odor já existe desde o começo do ano mas foi agravado devido ao rompimento de uma rede interceptora de esgoto - de onde saem os gases - da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais). A empresa foi notificada para resolver o problema.
Segundo a PBH, a ação envolveu equipes das secretarias municipais de Meio Ambiente, Obras e Saúde, agentes da Subsecretaria de Fiscalização e Guarda Municipal, além de representantes da Copasa. A reportagem do R7 ainda aguarda um posicionamento da empresa. Enquanto o reparo na rede de esgoto não acontece, quem mora ou frequenta a Pampulha precisa conviver com um mau cheiro cada vez maior. Um drama, inclusive, já mostrado pelo jornalismo da TV Record Minas.