A Justiça do Trabalho manteve o bloqueio de R$ 1,6 bilhão da Vale para reparar danos materiais e morais por causa do rompimento da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. A decisão ocorreu nesta quinta-feira (27). A empresa vem buscando judicialmente o desbloqueio total ou parcial da verba e, pela terceira vez, tem seu pedido negado. No julgamento realizado nesta manhã, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) negou o recurso apresentado pela mineradora. A defesa da manutenção do bloqueio foi feita pelo procurador do MPT (Ministério Público do Trabalho) Geraldo Emediato de Souza. “A manutenção do bloqueio é fundamental para alcançarmos resultados efetivos. Já o desbloqueio gera insegurança em relação aos resultados da ACP, fragiliza as famílias e pode forçar a busca por acordos individuais, que, certamente, serão em valores bem inferiores ao que o MPT entende como minimamente justo”, destacou Emediato. A desembargadora Adriana Freire Pimenta, relatora do caso, rebateu o argumento da Vale e declarou que não há direito para a liberação dos recursos. Ainda segundo Pimenta, a mineradora deve entrar em negociação com as partes interessadas, com base na ação coletiva proposta pelo MPT. Tragédia No dia 25 de janeiro deste ano, a barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH, se rompeu. A tragédia causou a morte de 246 pessoas. Outras 24 seguem desaparecidas.* Estagiário do R7, sob supervisão de Pablo Nascimento