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Justiça inglesa deve decidir se vai julgar ação sobre tragédia de Mariana (MG)

Processo que representa 200 mil vítimas do rompimento da Samarco pede condenação da dona da mineradora na Inglaterra

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Barragem da Samarco rompeu em 2015
Barragem da Samarco rompeu em 2015

A Justiça inglesa deve decidir, nesta sexta-feira (8), se vai julgar a responsabilidade da mineradora anglo-autraliana BHP Billiton no rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, a 110 km de Belo Horizonte, em novembro de 2015. A multinacional é coproprietária da Samarco, mineradora dona do reservatório que ruiu.

A ação foi movida pelo escritório PGMBM em nome de um grupo de brasileiros com 200 mil atingidos pela tragédia. Entre eles estão pessoas comuns, igrejas, empresas, organizações, municípios e povos indígenas brasileiros.

As audiências referentes ao caso na corte britânica aconteceram em abril deste ano. Na época, os advogados do escritório defenderam que a BHP deveria ser julgada na Inglaterra, já que tem sede no país.

A mineradora, por sua vez, havia alegado que levar a instauração do processo inglês iria duplicar "questões que já são cobertas pelos trabalhos de reparação em andamento, por decisões judiciais dos tribunais brasileiros ou são objeto de processos judiciais em curso no Brasil".


A ação coletiva também pede que a BHP Billinton seja condenada a pagar uma indenização de 5 bilhões de libras (R$ 32 bilhões na cotação de hoje).

A reportagem procurou a BHP para comentar o julgamento e aguarda retorno.


Tragédia de Mariana

A barragem de Fundão, em Mariana, da mineradora Samarco, se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, matando 19 pessoas e poluindo o rio Doce. A lama de rejeitos chegou até o litoral brasileiro, pelo Espírito Santo.

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