Justiça mantém afastamento do vereador Wellington Magalhães
Ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte foi retirado das funções parlamentares após investigação sobre desvio de R$ 30 milhões
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
A Justiça mineira manteve, nesta quarta-feira (6), o afastamento de Wellington Magalhães (PSDC) do cargo de vereador de Belo Horizonte. A decisão foi do juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 2ª Vara de Fazenda Pública da capital.
O político foi afastado do cargo, pela Justiça, em junho de 2018 após ser alvo de uma operação que investiga odesvio de R$ 30 milhões da Câmara de Vereadores, da qual ele foi presidente.
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A defesa do parlamentar solicitou a volta de Magalhães ao legislativo alegando que não existe mais perigo de manipulação de provas e testemunhas do caso. Contudo, ao negar o pedido, o juiz defendeu que as razões que motivaram o afastamento permanecem, como risco de segurança das testemunhas.
“Motivo pelo qual entendo que a medida de afastamento do cargo se faz necessária à instrução do processo, uma vez que o requerido Wellington Magalhães continua a possuir forte poder reverencial e político”, afirmou o magistrado.
Silva citou, ainda, um relatório da Polícia Civil que indica a ligação de Magalhães com organizações criminosas, como uma suposta “Máfia do Detran/MG”, responsável por licitações fraudulentas e contratação irregular de funcionários terceirizados.
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De acordo com o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), Magalhães teria usado o dinheiro obtido por meio de fraudes para enriquecimento ilícito, comprar apoio político e financiar ilegalmente suas campanhas eleitorais.
Em 2018, o político ficou preso 36 dias durante as investigações, mas foi solto após um habeas corpus do TJ. Mesmo sem trabalhar, Magalhães continua recebendo o salário de vereador de R$ 17 mil. A reportagem aguarda retorno da defesa do parlamentar sobre a manutenção do afastamento.