Kalil descarta fechamento de BH em função de nova variante
Prefeito afirma que casos de covid-19 estão controlados na capital mineira, mas pede conversa sobre eventos durante o Carnaval
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), descartou um novo fechamento da capital mineira em função da variante Ômicron, identificada inicialmente na África e classificada como preocupante pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Na manhã desta terça-feira (29), o político afirmou que, por enquanto, os casos de covid-19 estão controlados na capital mineira.
"Não tem motivo para pânico. Vamos nos cuidar, mas não tem nada previsto [de fechamento]. Nada alarmante. Acho que vai dar tudo certo, mas vamos continuar com o excesso de zelo com essa população que precisa ser protegida, principalmente os mais pobre", afirmou o chefe do Executivo Municipal.
Apesar de se dizer esperançoso com o quadro epidemiológico, Kalil voltou a pedir "juízo" por parte da população em relação à prevenção contra a covid-19, principalmente em relação a possíveis manifestações espontâneas durante o Carnaval 2022, já que a prefeitura não vai financiar a festa.
Questionado sobre os eventos particulares, o político disse que o tema vai ser discutido. "Vamos conversar. Não acredito que qualquer presidente de clube e das casas de eventos vão querer patrocinar o risco da população. Vamos aguardar. Tem que olhar. Ninguém proíbe ninguém de sair de casa. Nem no auge da pandemia a prefeitura proibiu. Nós pedimos", completou.
O prefeito voltou a destacar que o município também não vai financiar uma festa de Réveillon na cidade, o que já não ocorreu nos últimos anos.
Suspeita de nova variante
Sobre a mulher de 33 anos internada em Belo Horizonte com covid-19 após chegar do Congo, país africano, na última semana, Kalil afirmou que o caso é monitorado pelas equipes de saúde. A paciente, internada no Hospital Eduardo de Menezes, aguarda resultado dos exames que vão indicar se ela foi infectada com o coronavírus da cepa Ômicron, descoberta recentemente na África.
"O comitê está acompanhando assim como monitora a situação no mundo inteiro. Não tem nada de diferente", ressaltou o político.
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O caso foi revelado nesta segunda-feira (29). A expectativa é que a identificação do tipo do vírus fique pronta nos próximos dias. Ainda não se sabe se a infectada teve contato com outras pessoas após chegar à cidade. Durante a vinda para a capital mineira, a mulher também passou pela Turquia e por São Paulo.
Desde esta segunda-feira, o Brasil passou a barrar os voos vindos da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) avalia que a variante causa preocupação devido ao número de mutações, que podem atrapalhar a eficiência das vacinas desenvolvidas até o momento. Especialistas, no entanto, afirmam que o espalhamento dela pela África pode se dar em função da baixa vacinação no continente.