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OMS declara que variante Ômicron representa risco global muito alto

Nova cepa tem grande número de mutações, o que pode representar maior possibilidade de escape das vacinas

Saúde|Do R7

Variante do novo coronavírus apresenta ao menos 36 mutações do Sars-CoV-2 original
Variante do novo coronavírus apresenta ao menos 36 mutações do Sars-CoV-2 original

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou, nesta segunda-feira (29), que o risco global relacionado à variante Ômicron do novo coronavírus é "muito alto", dadas as possibilidades de que a cepa escape à proteção das vacinas disponíveis e tenha "vantagens" na transmissibilidade.

"Dependendo dessas características, é possível que haja surtos futuros de Covid-19, que podem ter consequências graves, dependendo de uma série de fatores, incluindo os lugares onde esses picos podem ocorrer", explicou a entidade, em relatório técnico.

A OMS ressaltou que a cepa, caracterizada como "variante de preocupação" na sexta-feira, tem até 36 mutações na proteína S ("spike" ou espícula), usada pelo vírus como veículo de ligação com as células humanas.

Segundo a organização, essa característica é "preocupante" porque tem potencial de reduzir a eficácia dos imunizantes. Porém, ainda há incertezas em relação à efetividade das vacinas, ao nível de transmissibilidade da variante e à capacidade dela de causar casos graves de Covid-19.


A OMS exorta a comunidade internacional a acelerar a campanha de vacinação, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, e a preparar os sistemas de saúde.

"O uso de máscara, o distanciamento físico, a ventilação do espaço interno, a prevenção de multidão e a higiene das mãos continuam fundamentais para reduzir a transmissão do Sars- CoV-2, mesmo com o surgimento da variante Ômicron", reitera a OMS.

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