Mandante do assassinato de advogado é condenado a 44 anos de prisão em Sete Lagoas (MG)
Thiago foi condenado por homicídio qualificado com motivo torpe, roubo e ocultação de cadáver
Minas Gerais|Lucas Eugênio, da Record Minas

Thiago Fonseca Carvalho, acusado de ser o mentor do assassinato do advogado Juliano César Gomes, em junho de 2020, em Sete Lagoas, foi condenado nesta quinta-feira (30) a 44 anos e oito meses de prisão. O julgamento foi concluído por volta das 22h.
Thiago, que também é advogado, foi condenado por homicídio qualificado, com qualificadora por motivo torpe, roubo e ocultação de cadáver.
“Os Senhores Jurados, em resposta ao primeiro e ao segundo quesitos, reconheceram, por maioria de votos, que o denunciado mandou terceiros matarem a vítima efetuando disparos de arma de fogo em desfavor do ofendido, causando-lhe os ferimentos descritos nos documentos”, detalhou a decisão.
Outros dois homens, que foram contratados por Thiago para cometer o crime, foram julgados em 2021. Os dois irmãos também foram condenados por crime de homicídio duplamente qualificado, roubo circunstanciado, emprego de arma de fogo e ocultação de cadáver. As penas dos irmãos Jean Fagundes Néris e Júnio Marcos Fagundes Néris são de, respectivamente, 32 e 24 anos de prisão, em regime fechado.
Segundo as investigações da Polícia Civil, os irmãos aceitaram uma oferta do advogado Thiago Fonseca Carvalho, para matar Juliano em troca de uma barra de maconha. O crime aconteceu em maio de 2020.
Relembre o caso
Juliano César Gomes desapareceu após sair de casa, no bairro Floresta, na região Leste de Belo Horizonte, no dia 21 de maio de 2020. Os familiares procuraram a polícia para tentar descobrir o seu paradeiro.
O carro do advogado foi encontrado dois dias depois, na zona rural de Funilândia, cidade vizinha a Sete Lagoas. O corpo de Juliano só foi localizado após 19 dias desaparecido, no dia 8 de junho, depois que os irmãos foram detidos e confessaram o local da desova. Já o suspeito de ser o mandante do crime, o advogado Thiago Fonseca Carvalho, ficou cinco meses foragido e foi preso em novembro de 2020.
A motivação do assassinato seria queima de arquivo. Em 2018, Thiago Carvalho foi preso durante a operação Apate. Ele seria o líder de uma quadrilha que movimentou cerca de R$ 150 milhões em um esquema que envolvia lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. Juliano César Gomes foi relacionado como testemunha no processo e avisou ao colega que, em juízo, iria contar tudo o que sabia.
As investigações apontam que Thiago Carvalho conheceu Jean Fagundes Neris, de 27 anos, e o irmão, Junio Marcos Fagundes Neris, de 21, em uma festa, em Sete Lagoas. Ele teria oferecido uma barra de 1 kg de maconha para que os irmãos vendessem em troca de uma participação no lucro.
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