MG: para Zema, ampliação em mineradora não afetou dique
Em entrevista à Record TV Minas, governador afirmou que acontecimento "não estava previsto" e reforçou a multa aplicada
Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7 com Record TV Minas
Romeu Zema (Novo) afirmou que não vê relação da ampliação da Mina de Pau Branco com o transbordamento de dique, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Análise foi feita por governador durante entrevista à Record TV Minas, na tarde desta quarta-feira (12).
“Todo o mês, o Conselho Estadual de Política Ambiental avalia diversos processos ambientais. Não estava previsto. Nós tivemos o caso da barragem em Pará de Minas, que é uma estrutura com mais 60 anos, que pela primeira vez na história transbordou”, relatou.
Em janeiro do ano passado, a Vallourec foi autorizada a ampliar a estrutura conhecida como pilha de estéril Cachoeirinha da Mina Pau Branco. Na época, a mineradora alegou que, se não fosse atendida nas primeiras semanas, a produção precisaria parar, pois já tinha alcançado o limite permitido para a área. A ampliação foi concedida com Licença Prévia de Instalação e de Operação ao mesmo tempo.
Após o transbordamento, o governo de Minas multou a empresa em R$288 milhões pelos danos ambientais causados e determinou a suspensão imediata das atividades relacionadas
“A empresa foi multada e o dinheiro será aplicado em melhorias de infraestruturas que foram destruídas. Ninguém está impune”, explica.
Tragédia em Capitólio
Sobre a queda de estrutura rochosa que matou 10 pessoas em Capitólio, a 293 km de Belo Horizonte, o governador voltou a afirmar que o acesso pode ser restrito a partir de agora.
“Nós queremos que a estrutura semelhante a essa dos cânions passe a ter um laudo geológico que acuse o grau de segurança. Muito provável a conclusão que eles terão é que esses locais não sejam frequentados em tempos de chuva”, concluiu.