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MG: plano de gestão de recursos hídricos só vai sair no fim de 2022

Anúncio foi feito um dia após Zema afirmar que pode faltar energia "a qualquer momento" e que sistema de energia está "no limite"

Minas Gerais|Célio Ribeiro*, do R7

Captação de água já está limitada em uma região
Captação de água já está limitada em uma região Captação de água já está limitada em uma região

O Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) anunciou, nesta quinta-feira (23), que vai providenciar a elaboração de um plano para orientar a gestão dos recursos hídricos de Minas Gerais. O Plano Mineiro de Segurança Hídrica só deve ficar pronto daqui 15 meses.

O anúncio da criação deste relatório foi feito um dia após o governador Romeu Zema (Novo) confirmar que Minas Gerais corre o risco de sofrer com o racionamento de água e a falta de energia elétrica “a qualquer momento”.

Segundo o Igam, além de orientar a gestão dos recursos hídricos, o plano também vai definir as áreas prioritárias para atuação do Estado na garantia da segurança hídrica. O relatório também vai trazer um banco de projetos com a definição de obras de infraestrutura e outras medidas que possam garantir a conservação e restauração da biodiversidade e do ecossistema aquático.

Além disso, o documento deve trazer iniciativas para o incentivo à produção sustentável, uso racional da água, saneamento, controle da poluição e obras hídricas. Também será proposto um plano de comunicação, mobilização e educação ambiental para a divulgação de informações do Plano Mineiro de Segurança Hídrica.

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Segundo o Igam, o planejamento vai incluir todo o Estado de Minas Gerais, que será subdividido em sete unidades estratégicas relacionadas às bacias hidrográficas. O órgão afirmou que a contratação da consultoria será custeada com recursos de um convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Regional e o Programa Estadual ‘Somos Todos Água’.

Apesar do anúncio, o órgão não informou se um edital já foi publicado ou se uma empresa de consultoria especializada já foi contratada. A reportagem entrou em contato com o Igam e aguarda retorno.

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Crise hídrica

O Brasil enfrenta uma crise hídrica causada, entre outros motivos, pelo baixo volume de chuvas nos reservatórios. Desde junho, o preço da energia elétrica vem sofrendo reajustes e cobranças de tarifas adicionais para compensar o custo de acionamento das usinas termelétricas. 

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Na quarta-feira (22), durante a cerimônia que marcou o início do processo de tombamento histórico dos lagos de Furnas e Peixoto, o governador Romeu Zema (Novo) informou que o sistema de fornecimento de energia está "no limite" e que algumas regiões do Estado podem ficar sem energia "a qualquer momento".

A própria represa de Furnas, que vai passar pelo processo de tombamento, está com o volume de água próximo ao mínimo para o funcionamento. As cidades próximas à Bacia do Rio Suaçuí Grande já sofrem com a limitação na captação de água para consumo humano, indústria e agricultura.

*​Estagiário do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli.

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