Responsável pelo rompimento de barragem que matou três operários em setembro de 2014, a Herculano Mineração fechou acordo com o Ministério Público para reparar danos ambientais na Mina Retiro do Sapecado, em Itabirito, na região Central de Minas. Ao todo, devem ser investidos R$ 39 milhões em projetos ambientais, na desativação de duas barragens de rejeitos e a adoção de empilhamento a seco de rejeitos. Até hoje, as famílias das vítimas não receberam um centavo de indenização pelas mortes. Na época, a mineradora chegou a apontar um "fenômeno geológico raro" como suspeitapara explicar o rompimento. O acordo entre a Herculano e o MP foi divulgado nesta quinta-feira (3). Para a promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Itabirito, Vanessa Campolina Rebello Horta, o termo garante "a recuperação e compensação integrais dos danos ao meio ambiente, bem como a certeza de segurança das estruturas remanescentes”.Leia mais notícias de Minas Gerais no Portal R7Experimente grátis: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play Em 2014, a Herculano teve R$ 30 milhões bloqueados para garantir a reparação mínima dos danos. Com a assinatura do termo, a empresa vai receber o valor de volta e se comprometeu a empregá-lo na estabilização química, física e biológica da mina rompida, além de monitorar a qualidade da água do ribeirão do Silva, que foi contaminado por rejeitos. As ações etão detalhadas no Plano de Fechamento da Mina e Desativação das Barragens e no Projeto de Recuperação Ambiental. Até a conclusão dos planos, a Herculano não poderá explorar a área. Os outros R$ 9 milhões serão parcelados e destinados para projetos socioambientais indicados pelo Ministério Público. A Herculano vai continuar a operar na região, mas deve desativar as barragens de rejeitos B1 e B4 e só poderá empilhar rejeitos a seco, uma técnica mais cara e mais segura para disposição do lixo minerário.