Ministério Público instaura inquérito sobre problema em mina da Vale em Mariana (MG)
Equipes do órgão foram à cidade acompanhar uma vistoria na estrutura, nesta segunda-feira (13)
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais) instaurou um inquérito para acompanhar os problemas identificados na mina Fábrica Nova, da mineradora Vale, em Mariana, a 110 km de Belo Horizonte. A medida foi tomada depois que a ANM (Agência Nacional de Mineração) interditou o empilhamento de material estéril em três estruturas do local.
"Uma equipe técnica do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma) está no local junto com a equipe da ANM", informou o MP-MG em um comunicado, na tarde desta segunda-feira (13).
Representantes da Prefeitura de Mariana, da Defesa Civil e da ANM também foram ao local para realizar uma vistoria e avaliar a estabilidade da estrutura. Segundo a prefeitura, até o momento, não há nenhuma orientação para esvaziar as casas que ficam no entorno da mina.
• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp
• Compartilhe esta notícia pelo Telegram
• Assine a newsletter R7 em Ponto
Segundo a ANM, a interdição foi adotada porque a mineradora não comprovou a estabilidade das pilhas em PDE Permanente I, PDE Permanente II e PDE União Vertente Santa Rita, o que provoca "risco iminente". A falha, entretanto, não foi divulgada.
O R7 teve acesso à ata de uma reunião realizada pela ANM na última sexta-feira (10). Segundo o documento, o problema em uma das estruturas foi identificado por uma empresa terceirizada, em 2020, e relatado à agência em setembro de 2023, "para cumprir exigência formulada pela equipe de fiscalização da Gerência Regional da ANM em Minas Gerais".
Procurada, a Vale informou que acompanha a vistoria e "as condições de estabilidade das estruturas, que permanecem inalteradas". "Importante reforçar que as estruturas geotécnicas da companhia são vistoriadas frequentemente pela agência reguladora e monitoradas permanentemente por equipe técnica especializada", completou-se o comunicado da mineradora.
A Vale não mencionou o tempo esperado para o repasse das informações à agência reguladora.