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MP recebe 10 queixas contra procurador que reclamou de salário

Membro do Ministério Público de Minas chamou pagamento de R$ 24 mil de “miserê” durante reunião; órgão diz não compactua com fala do servidor

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Record TV Minas

Procurador foi afastado por problemas de saúde
Procurador foi afastado por problemas de saúde Procurador foi afastado por problemas de saúde

Até o final da manhã desta quinta-feira (12), o Ministério Público de Minas Gerais recebeu 10 queixas contra o procurador de Justiça Leonardo Azeredo Dos Santos, após o servidor questionar, durante uma reuniu do órgão, como é possível uma pessoa sobreviver com o salário de R$ 24 mil.

Em um áudio gravado durante a 5ª sessão extraordinária da Câmara de Procuradores, no dia 12 de agosto, o procurador reclamou diretamente ao Procurador-Geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, sobre os rendimentos da categoria.

"Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil? O que é que nós vamos fazer para melhorar a nossa remuneração?", perguntou ao procurador geral. Em outro momento, o servidor chama de "miserê" o salário de R$ 24 mil.

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O MPMG não divulgou quem foram os responsáveis pelas 10 queixas relacionadas à fala do servidor. Contudo, destacou que todas as reclamações serão analisadas pela Ouvidoria e “caso se trate de reclamações contra integrantes do MPMG, são encaminhadas à Corregedoria da casa para avaliação por este órgão”.

Afastamento

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De acordo com a promotoria, Leonardo Azeredo dos Santos pediu afastamento do cargo por licença médica. O órgão não informou qual a doença motivou a solicitação e nem por quanto tempo ela é válida.

A reportagem pediu um posicionamento do Santos sobre a repercussão do caso, mas o MP informou que ele não iria se manifestar.

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Após a divulgação das gravações, a reclamação se tornou alvo de piadas na internet e pelas ruas. Em Belo Horizonte, um advogado deixou uma “caixinha de doação”, na região da Pampulha, para ajudar “o procurador do MPMG sair do miserê".

Procurado, o MP informou que não há "projeto em andamento sobre a adoção de benefícios pecuniários para a carreira de membros (procuradores e promotores de Justiça) ou de servidores, em vista da grave crise financeira vivenciada pelo estado e da necessidade de observação da Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal."

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Questionado sobre o posicionamento de Santos, o Procurador-Geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, declarou que o órgão não compactua com a declaração que, segundo o servidor, é “isolada, pessoal e não condiz com a filosofia de trabalho da instituição e seus membros”.

— Nós sabemos que a maior parte da população é carente e pobre. E é para essa população que o Ministério Público de Minas e brasileiro tem trabalhado incansavelmente, combatendo a criminalidade, corrupção, a saúde e defendendo os mais pobres.

Ouça o áudio do procurador Leonardo Azeredo dos Santos:

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