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MP vai denunciar promotor pela morte da mulher em BH, diz fonte

André Luís Pinho deve responder por crime de feminicídio; segundo fontes, perícia identificou lesões na cervical e no crânio da vítima

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas, com Pablo Nascimento, do R7

Lorenza morreu no último dia 2 de abril, aos 41 anos
Lorenza morreu no último dia 2 de abril, aos 41 anos Lorenza morreu no último dia 2 de abril, aos 41 anos

Fontes do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) informaram à reportagem, nesta quinta-feira (29), que o órgão vai denunciar o promotor André Luís Garcia de Pinho pela morte da esposa, Lorenza Maria Silva de Pinho, ocorrida em Belo Horizonte, no último dia 2 de abril.

O investigado, que já está detido, deve responder por crime de feminicídio e o MP irá pedir a conversão de sua prisão temporária em preventiva. Ainda segundo as fontes, a perícia apontou lesão na coluna cervical, hemorragia e lesão moderada no crânio de Lorenza.

O resultado das investigações ainda não foi divulgado oficialmente. A expectativa é que ele seja publicado nas próximas horas. O MP ainda não se manifestou sobre o resultado das investigações. A expectativa, conforme prometido pelo chefe do órgão, é que o inquérito seja divulgado ainda hoje.

Procurado pela reportagem, o advogado Robson Lucas, que defende o promotor André Luís Garcia de Pinho, afirmou que ainda não foi avisado sobre a denúncia e sobre o pedido de conversão da prisão.

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O advogado afirma que não foram encontradas lesões externas no corpo de Lorenza. Segundo ele, a perícia identificou hematomas internos na região torácia e cervical e apenas a última teria entrado na conclusão do laudo. Robson Lucas ainda defende que as lesões teriam sido provocadas durante o atendimento dos socorristas que tentaram reanimar e intubar Lorenza.

— Nós contratamos um legista para nos ajudar a examinar o laudo e pudemos constatar que a perícia do IML (Instituto Médico Legal) carece de alguns esclarecimentos. A partir do que constou no laudo, não podemos constar que tenha ocorrido alguma lesão que pode ser atribuída ao doutor André Pinho.

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Ainda segundo a defesa, a perícia contratada pelos advogados concluiu que não é possível afirmar que Lorenza foi assassinada, com base no laudo das investigações. Segundo ele, os resultados contribuem para a versão de engasgamento ou até mesmo intoxicação com medicamentos e álcool.

— A impugnação ao laudo ocorrerá judicialmente, caso haja oferecimento de denúncia em face do Dr. André Pinho.

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Morte

Lorenza Maria Silva de Pinho, morreu aos 41 anos, no apartamento no apartamento da famílias, no bairro Buritirs, na região Oeste de Belo Horizonte. Os cinco filhos do casal, com idades entre 2 e 16 anos, estavam no imóvel, mas dormiam no momento.

No dia da morte, Pinho afirmou que a companheira havia se engasgado enquanto dormia sob efeito de remédios e álcool. A ambulância de um hospital particular foi acionada e os médicos Itamar Gonçalves Cardoso e Alexandre de Figueiredo Maciel atestaram o óbito “pneumonite, devido a alimento ou vômito, e autointoxicação por exposição intencional a outras drogas”, o que contribuia com a versão apresentada pelo promotor.

O corpo de Lorenza foi levado diretamente para uma funerária contratada pela família. No entanto, no dia seguinte, a Polícia Civil determinou que ele fosse encaminhado para o IML para perícia. A medida foi tomada após a família da Lorenza questionar as causas da morte.

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