MP vai verificar morte de animais por contaminação do rio Paraopeba
Moradores denunciaram que cerca de 50 animais teriam morrido por ingestão da água do rio, que foi atingido pela lama de barragem da Vale
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
O Ministério Público vai averiguar denúncias de moradores de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sobre morte de animais que estariam consumindo água do rio Paraopeba. Relatos dão conta de cerca de 50 animais mortos.
O rio foi atingido pela lama de rejeito de minério que vazou da barragem da mina Córrego do Feijão, em janeiro deste ano, e a suspeita dos moradores é que os animais teriam morrido após ingestão de água contaminada.
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Segundo o MPMG, uma equipe técnica da Coordenadoria Estadual de Defesa da Fauna vai ao local no início da próxima semana "para buscar elementos que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos". O órgão também disse que solicitou informações à Vale, além de órgãos ambientais.
O Ministério Público também orienta a moradores que desconfiam que seus animais estejam morrendo em decorrência do contato com a água, que façam um boletim de ocorrência para registrar o fato.
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A Vale informou à reportagem que tem fornecido água mineral e potável às comunidades atingidas desde o rompimento da barragem em Brumadinho, quando a captação de água no rio Paraopeba teve que ser suspensa.
"A água disponibilizada é oriunda das Estações de Tratamento de Água (ETA) da Copasa de Juatuba (MG) ou Pompéu (MG) e entregue para a população local via caminhões pipa". Segundo a mineradora, até o dia 29/07, a Vale já havia distribuído cerca de 268 milhões de litros de água potável para consumo humano, dessedentação de animais e irrigação.