A reitora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), professora Sandra Regina Goulart Almeida, afirmou que a instituição "não tem como absorver mais um corte na educação". A fala se refere ao corte de R$ 4,2 bilhões do orçamento da Educação para 2021.
De acordo com a UFMG, todas as instituições federais vêm enfrentando reduções em seus orçamentos nos últimos anos. A administração da universidade afirmou que um novo corte comprometeria as atividades de ensino, pesquisa, extensão, assistência estudantil e até os investimentos em biossegurança visando o retorno das aulas presenciais.
A reitora disse ainda que os investimentos feitos para a implantação do ensino à distância na Universidade 'pressionaram o já delicado orçamento' da Instituição. Sandra também argumenta que o momento não deveria ser de cortes e, sim, de incentivar a ciência na busca por soluções.
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— Não é hora de apertar ainda mais nosso orçamento. Pelo contrário, recursos empregados em educação e ciência são absolutamente necessários para vencer a crise. Somos um patrimônio do nosso país.
Cortes para 2021
Na última terça-feira (11), o MEC (Ministério da Educação) anunciou um corte de R$ 4,2 bilhões no orçamento geral para 2021. O valor, que representa uma redução de 18,2% em relação ao orçamento de 2020, seria retirado das verbas não obrigatórias.
Com essa redução, as universidades e institutos federal perderiam cerca de R$ 1 bilhão de seu orçamento.
*Estagiário do R7 sob a supervisão de Flavia Martins y Miguel