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Necrofilia, dívida e saudação nazista: veja tudo que se sabe sobre morte de Clara Maria

Jovem de 21 anos foi encontrada enterrada no quintal de uma casa, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, após três dias desaparecida

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7


A investigação sobre o desaparecimento de Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos,no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, culminou na descoberta de um feminicídio cercado por detalhes brutais. Dois autores foram presos. Entenda a seguir o desenrolar do caso, desde o alerta inicial até a localização do corpo e as confissões dos envolvidos.

Como começou o desaparecimento de Clara?

O desaparecimento de Clara Maria Venâncio Rodrigues começou a ser investigado após a denúncia de amigos. A jovem, então com 21 anos, foi vista pela última vez na noite do domingo (9), quando ela saiu da padaria onde trabalhava, no bairro Ouro Preto. Segundo colegas, a jovem saiu sozinha para encontrar Thiago Schafer Sampaio, por volta das 22h.

A investigação apontou que Thiago enviou uma mensagem pedindo para encontrar Clara para que ele pudesse quitar a dívida de R$ 400 que tinha com a jovem. A auxiliar de cozinha usaria o dinheiro para pagar o aluguel. Clara escreveu para um amigo dizendo que já estava com o dinheiro, mas não voltou para casa. Colegas tentaram contato, mas receberam mensagens com tom suspeito. Na segunda-feira, sem respostas, acionaram a polícia e também iniciaram uma investigação por conta própria.

Como o corpo foi encontrado?

O corpo de Clara foi descoberto após a Polícia Civil acionar o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) para verificar uma casa, no bairro Ouro Preto, na quarta-feira (12). Dentro do imóvel de Thiago, os bombeiros encontraram o corpo soterrado sob terra e entulho, com uma camada fina de concreto sobre ele. O concreto ainda estava úmido, o que ajudou os investigadores a localizarem o corpo. O cadáver estava em avançado estado de decomposição, e o forte odor indicava a gravidade da cena.


De acordo com a investigação, a jovem morreu esganada com um golpe de “mata-leão”.

Quem são assassinos?

Dois homens foram presos e confessaram o crime. Thiago Schaffer Sampaio, de 27 anos, estava na casa onde o corpo de Clara foi encontrado e acabou confessando sua participação no crime. O segundo suspeito, Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, também admitiu sua culpa.


Thiago nasceu em Salvador e era estudante de odontologia em Belo Horizonte. Ele trabalha no mesmo terreno da padaria onde Clara começou a trabalhar no final de 2023. Foi lá que eles se conheceram. Thiago foi demitido em dezembro de 2023 por suspeitas de furtos e uso de substâncias ilícitas durante o expediente.

Lucas, por sua vez, morava em Santa Luzia, na Grande BH, e trabalhava em um restaurante próximo à padaria de Clara. Ele conheceu a jovem através de Thiago.


Perito traça perfil psicológico dos autores e detalha suspeita de necrofilia:

Qual foi a motivação do crime?

A principal suspeita para o assassinato de Clara é que ela tenha sido morta depois de ir cobrar uma dívida de R$ 400 de um ex-colega de trabalho, Thiago Schaffer Sampaio. Clara havia emprestado esse valor a Thiago três meses antes do crime.

A investigação aponta que o crime foi premeditado, mas as versões de Thiago e Lucas sobre a motivação divergem. Thiago afirmou que Lucas queria matar Clara devido a raiva, provocada pela discussão em que a jovem o repreendeu pela saudação nazista. Por outro lado, Lucas alegou que a briga com Clara era irrelevante e que foi Thiago quem o procurou para cometer o crime, com a intenção de roubar dinheiro da conta bancária da vítima.

Além disso, a polícia está investigando a possibilidade de que o crime tenha envolvido outros fatores, como um possível crime sexual – necrofilia – por parte de Lucas. Outro ponto que está sendo analisado é a dívida de R$ 400 que Clara tinha com Thiago, além de possíveis ciúmes de Thiago, que teria se sentido incomodado pela jovem estar com outro namorado.

Quem era Clara Maria?

Clara Maria era natural de Uberlândia e se mudou para Belo Horizonte, onde encontrou trabalho como auxiliar de cozinha em uma padaria artesanal localizada na região da Pampulha. Ela era muito querida pelos colegas de trabalho, e a empresa lamentou profundamente sua perda, prestando solidariedade aos familiares e amigos.

Entenda como a jovem Clara Maria conheceu os homens que a mataram em BH:





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