Número de cães possivelmente intoxicados com petisco pode passar de 50
Tutores de animais que passaram mal se reúnem para denunciar o problema; polícia de MG já identificou ao menos 40 mortes
Minas Gerais|Maria Luiza Reis*, Do R7
Ao menos 51 cães podem ter sido intoxicados com petiscos da Bassar Pet Food pelo Brasil.
Um grupo em um aplicativo reúne e mobiliza tutores de animais que teriam sido intoxicados pelo alimento.
A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou 8 óbitos em investigação no Estado e informou ter conhecimento de mais de 40 mortes de animais no Brasil.
Uma moradora de São Paulo, que perdeu o cãozinho, tem reunido outros tutores de animais que apresentaram sintomas após consumirem o petisco da marca. Um laudo preliminar da polícia de Minas Gerais identificou o anticongelante monoetilenoglicol em uma das amostras analisadas.
No último fim de semana, a tutora Amanda Carmo, de Belo Horizonte, entrou no grupo para relatar que sua cachorrinha estava internada após consumir o produto. A Shih-tzu Malu morreu após ficar mais de quatro dias internada na capital mineira.
Segundo Amanda, a cachorrinha começou a passar mal após consumir uma pequena quantidade do produto, mas a tutora não desconfiou do petisco e continuou dando para ela comer.
A cachorrinha começou a sentir tremores, passou a beber muita água, fazer muito xixi, teve diarreia e ficou com a barriga inchada.
Amanda levou o animal para um Hospital Veterinário. A cachorra chegou a ganhar alta, mas precisou ser internada novamente e morreu na madrugada desta terça-feira (06). A tutora já fez um Boletim de Ocorrência e levou o resto do petisco para ser analisado.
Petiscos contaminados
Na última sexta-feira (02), a Polícia Civil de Minas Gerais informou que foi confirmada a presença do anticongelante monoetilenoglicol nos petiscos da marca Bassar Pet Food. Em nota, a fábrica informou que interrompeu a produção até que “sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos.”
A empresa também tem recolhidos os lotes de todos os recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente e que "está solidária com todos os tutores de pets - nossos consumidores e razão de nossa empresa existir". A companhia reafirma não usar o produto em sua linha de produção.
A mesma substância foi responsável pela morte de 10 pessoas que consumiram cervejas da Backer contaminadas em Belo Horizonte em dezembro de 2020.
*Estagiária sob supervisão de Pablo Nascimento