Operação cumpre mandados contra manifestantes suspeitos de agredirem jornalistas em BH
No total, três mandados foram cumpridos; empresário Esdras dos Santos não foi localizado e já é considerado foragido pela polícia
Minas Gerais|Vinícius Araújo e Gledson Leão, da Record TV Minas

A Polícia Civil realiza, na manhã desta quarta-feira (15), uma operação para prender as pessoas suspeitas de agredir jornalistas durante atos na avenida Raja Gabaglia, na região centro-sul de Belo Horizonte, em janeiro deste ano. Segundo o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, pelo menos 9 profissionais da área foram atacados entre os dias 5 e 6 de janeiro.
A operação cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do empresário Esdras Jonatas dos Santos, no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha. O empresário é considerado um dos líderes do movimento que permaneceu em frente ao quartel. Ele é acusado de participar das agressões contra jornalistas. Há um mandado de prisão em aberto contra pelo crime de roubo contra um dos profissionais da imprensa.
Ao chegarem no local, a polícia foi informada que o imóvel foi alugado para um casal. O empresário não foi localizado e já é considerado foragido. Segundo o delegado, há informações de que o empresário está em Miami, nos Estados Unidos. A polícia tenta confirmar essa informação. Dos Santos teve o passaporte suspenso pelo Ministro Alexandre de Moraes após os ataques do dia 6 de janeiro.
Além do empresário, são cumpridos outros dois mandados de busca e apreensão contra duas mulheres Etelane Aparecida de Oliveira Sales e Maria Coely de Matos.
No dia 5 de janeiro, um jornalista foi agredido pelos manifestantes. A agressão motivou, no dia seguinte, a desmobilização do acampamento em frente à 4ª Região Militar por parte do prefeito Fuad Noman (PSD).
No dia 6 de janeiro, jornalistas foram agredidos por manifestantes que eram retirados da avenida Raja Gabaglia. Profissionais foram acuados por um grupo na calçada e um repórter e um cinegrafista foram agredidos e tiveram os equipamentos danificados.
Vídeos feitos no local mostram um homem empurrando o cinegrafista e, depois, ao menos três manifestantes agridem o repórter. Uma mulher, com a bandeira do Brasil no pescoço, derrubou um equipamento de gravação durante a confusão. Um homem deu um soco na nuca de um repórter pelas costas, que se defendeu e a agressão foi apartada por um guarda municipal.
