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Paciente é internada em BH com Covid-19 após chegar da África

Exame vai identificar se a mulher, ainda não vacinada, foi infectada com a variante Ômicron do coronavírus

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Núbia Roberto, da Record TV Minas

Variante africana foi classificada 'de preocupação'
Variante africana foi classificada 'de preocupação'

Uma mulher de 33 anos foi internada em Belo Horizonte, neste domingo (28), com diagnóstico de covid-19, após chegar do Congo, país do continente africano.

De acordo com a prefeitura, a paciente começou a apresentar sintomas na última segunda-feira (22), dois dias depois de desembarcar no Brasil.

Os dados da Secretaria Municipal de Saúde de BH apontam que a mulher que não teve a identidade revelada saiu do Congo no dia 17 de novembro, passando pela Turquia e chegando em São Paulo no dia 20.

"A paciente negou ter sido vacinada contra a Covid-19 e informou que fez teste para detecção da doença antes de embarcar no Congo, tendo resultado negativo", informou nota da Prefeitura de Belo Horizonte.


Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde), pediu um exame de genotipagem para identificar o tipo de variante do coronavírus que infectou a paciente. Ainda não se sabe se a contaminação está relacionada à Ômicron, cepa africana classificada como preocupante pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

"O Cievs realiza um trabalho de monitoramento continuado para acompanhar suspeitas de surtos e novas variantes precocemente, além de outras situações relacionadas à transmissão da Covid-19. A Secretaria Municipal de Saúde segue realizando o acompanhamento permanente da situação", destacou a prefeitura da capital mineira.


Inicialmente, a paciente ficou internada no Hospital Odilon Behrens, mas será transferida para o Eduardo de Menezes, referência estadual em infectologia.

Procurado, o Governo de Minas informou que foi notificado sobre o caso e que ainda não há nenhuma confirmação de infecção por Ômicron no Esado. "No caso de passageiros, a orientação é de que seja realizada a triagem ainda na chegada ao aeroporto. A SES-MG realiza o monitoramento de todos os pacientes vindos de outros países. Dentro do Estado, cabe às secretarias municipais de Saúde a criação de barreiras sanitárias entre os municípios", detalhou o governo em nota.


Variante Ômicron

A preocupação em torno da Ômicron fez o Ministério da Saúde barrar a chegada de voos oriundos de seis países africanos, a partir desta segunda-feira (29). São eles: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

Nesta manhã, a OMS detalhou que a variante tem até 36 mutações na proteína S, conhecida como spike, usada pelo vírus como meio de ligação com as células do corpo humano.

Na avaliação do órgão internacional, a característica causa preocupação devido ao risco das alterações reduzirem a eficiência das vacinas desenvolvidas atualmente. No entanto, ainda não há estudos conclusivos sobre o assunto e nem sobre a capacidade de transmissão e mortalidade da cepa.

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