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Pai e madrasta acusados de matar menino de dois anos são julgados em BH

Criança morreu após ser atingida por um objeto na cabeça; casal está preso desde o dia em que o menino foi levado ao hospital

Minas Gerais|Lucas Eugênio e Helen Oliveira, da RECORD MINAS

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Ian completaria 3 anos em Fevereiro.
Ian completaria 3 anos em Fevereiro.

O pai e a madrasta de Ian Almeida Rocha, menino de dois anos morto em 2023, serão levados a júri popular nesta terça-feira (10). A criança morreu após ser atingida por um objeto na cabeça. O caso aconteceu no bairro Jaqueline, na região norte de Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais denunciou o pai do menino, Márcio da Rocha de Souza, por homicídio, com três qualificadoras. A madrasta, Bruna Cristine dos Santos, também foi denunciada pelo mesmo crime, mas com quatro qualificadoras. Sendo elas, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e contra menor de 14 anos de idade.


Ian foi levado para o Hospital Risoleta Neves, na região norte da capital mineira, com traumatismo craniano. Ele foi transferido para o Hospital João 23, na região centro-sul da cidade, mas não resistiu. O casal está preso desde o dia em que o menino foi levado ao hospital.

Segundo a investigação, a criança foi agredida enquanto passava férias com os acusados. De acordo com a polícia, foi a madrasta quem deu o golpe que matou o menino. Ela teria utilizado um instrumento contundente e deu um golpe na cabeça de Ian. A lesão foi comparada pelos policiais a um acidente de moto a 120 quilômetros por hora.


A denúncia detalha que o pai não estava em casa no momento do golpe. Mas, ao chegar na residência, ele demorou para socorrer o menino. Conforme a polícia, ele já teria agredido o filho no mesmo dia.

De acordo com Fabrício Costa, advogado da mãe de Ian, o motivo seria não pagar pensão alimentícia para Ian. “Essa criança representava um estorvo financeiro para essa família, principalmente para essa madrasta, que era a responsável financeiramente por pagar a pensão do menor”, descreve Costa.


O advogado conta também que um boletim de ocorrência já havia sido registrado na polícia, seis meses antes, pela suspeita de que o pai teria furado o ouvido do filho. O caso estava em investigação.

“Individualmente, a justiça irá julgar o que cada um fez, contribuiu, na medida, da culpabilidade de cada um, para que esse crime acontecesse”, relata Lorena de Oliveira, advogada do pai de Ian.


A mãe do menino espera pena máxima para os réus e mal consegue falar sobre a perda do filho. “É uma dor que não vai passar nunca. Tenho que ficar revivendo isso tudo outra vez, dói muito. Eu só queria meu filho de volta, mas eu não vou ter. Então, eu só queria que eles pegassem a pena máxima pelo menos”, pede Isabela de Almeida.

O julgamento está marcado para às 08h desta terça-feira, no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, no Fórum Lafayette, na região centro-sul da capital mineira.


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